24/11/10 12h00

Confiança do consumidor em novembro é a maior em mais de 5 anos

O Estado de S. Paulo

A confiança do consumidor em novembro mostrou o nível mais alto em mais de cinco anos. É o que revelou nesta quarta-feira, 23, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) ao divulgar o Índice de Confiança do Consumidor (ICC), que subiu 2,7% em novembro contra outubro, na série com ajuste sazonal. Ainda segundo a fundação, o ICC desacelerou e subiu 9,3% em novembro na comparação com igual mês em 2009.

A fundação também revisou para cima a taxa apurada em outubro contra setembro para o ICC, de 0,1% para 0,2%. Com o resultado, o desempenho do indicador, que é calculado dentro de uma escala de pontuação de até 200 pontos (sendo que, quando mais próximo de 200, maior o nível de confiança do consumidor), foi de 121,8 pontos para 125,4 pontos de outubro para novembro - novo recorde histórico do índice, iniciado em setembro de 2005.

Em seu comunicado, a fundação informou que, em novembro, os consumidores brasileiros estão mais satisfeitos com a situação atual, bem como otimistas com o cenário nos seis meses seguintes. O ICC é dividido em dois indicadores. O Índice de Situação Atual (ISA) mostrou alta de 4,5% este mês após mostrar estabilidade (0,0%) em outubro, na série revisada (o resultado anterior para este sub-indicador, divulgado no mês passado, era queda de 0,1%). Já o Índice de Expectativas (IE) subiu 1,5% em novembro após apresentar alta de 0,2% em outubro. No caso do IE, a taxa do mês passado não foi revisada.

A avaliação favorável dos consumidores quanto à atual situação econômica impulsionou a alta de 2,7% no Índice de Confiança do Consumidor (ICC) de novembro ante outubro. Segundo a FGV, a fatia de consumidores entrevistados para o cálculo do ICC que avaliam a situação atual como boa subiu de 31,7% para 34,6% do total de mais de 2.000 domicílios pesquisados entre os dias 1 e 20 de novembro. No mesmo período, a parcela de entrevistados que a consideram ruim caiu de 18,7% para 15,9%.

Ainda segundo a fundação, as previsões do consumidor para o cenário econômico também se mantiveram otimistas no horizonte de seis meses. A parcela de consumidores pesquisados que projetam melhora aumentou de 27,3% para 31,7% de outubro para novembro. No mesmo período, a fatia dos entrevistados que preveem piora também cresceu, mas em menor magnitude, de 9,8% para 11,5%.