27/06/08 11h20

Consumo de alumínio deve crescer 14%

Gazeta Mercantil - 27/06/2008

A forte demanda por alumínio por parte dos principais setores consumidores do metal - construção civil, transportes e embalagens - levaram os fabricantes brasileiros a elevar em dois pontos percentuais a projeção de crescimento das vendas internas para o ano, que agora devem atingir 14%, para 1,04 milhão de toneladas. Já é o segundo aumento da previsão de crescimento do ano. A expectativa inicial, elaborada no final de 2007, era de alta de 10%. Segundo a Associação Brasileira do Alumínio (Abal), a nova revisão foi realizada em decorrência do forte desempenho do setor durante os primeiros meses do ano. Somente no primeiro trimestre, o consumo interno de alumínio apresentou crescimento de 19,4%, para 255,3 mil toneladas, ante as 213,9 mil toneladas de igual período do ano passado. O setor da construção civil adquiriu volume 15,9% maior de produtos de alumínio, principalmente extrudados, informou a entidade. Já o setor de transportes, que utiliza peças fundidas, chapas, extrudados e folhas, apresentou alta de 13,8% na demanda, enquanto as fabricantes de embalagens, que consomem chapas e folhas, compraram 11,4% mais. Entre os segmentos de produtos, o maior crescimento foi registrado na venda de fios e cabos, que havia apresentado fraco desempenho em 2007. No primeiro trimestre do ano a alta foi de 74,2%, para 16,3 mil toneladas, e a previsão é que as vendas desses produtos sejam 34,8% maiores no ano. A comercialização de extrudados no mercado doméstico aumentou 17,9% no trimestre, para 36,3 mil toneladas, enquanto a de chapas e lâminas teve elevação de 17%, para 83,6 mil toneladas, e a venda de fundidos cresceu 10%, para 40,1 mil toneladas. Para esses três segmentos de produtos, é prevista uma desaceleração do ritmo de crescimento da demanda ao longo do ano e no fechamento de 2008 o crescimento deve ficar respectivamente em 12,6%, 13,3% e 8,2%. A venda de pó de alumínio deve manter o atual ritmo de crescimento, de 17,6%, fechando o ano com 29,5 mil toneladas vendidas, enquanto se espera uma aceleração crescimento das vendas de folhas, segmento que fechou o trimestre com alta de 9,8%, e encerrará o ano com elevação de 11,8%, somando 77,8 mil toneladas vendidas.