Corrente de comércio de autopeças chegará a US$ 20 bi

Gazeta Mercantil - 10/07/2008

A operação globalizada da indústria automobilística já reflete positivamente nas transações comerciais das fabricantes de autopeças. Segundo o Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças), em 2007 a corrente de comércio do setor atingiu US$ 18,3 bilhões, com exportação de US$ 9,1 bilhões e importação de US$ 9,2 bilhões. Isso representou um crescimento de 17,7% sobre 2006, quando as transações comerciais totalizaram US$ 15,543 bilhões, ao registrar exportações de US$ 8,764 bilhões e importações de US$ 6,779 bilhões, resultando em superávit de US$ 1,985 bilhão. Em 2008, até maio, a indústria de autopeças movimentou US$ 9,014 bilhões, com a exportação de US$ 4,144 bilhões e a importação de US$ 4,870 bilhões. Se o ritmo de negócios mundiais no setor automotivo se mantiver aquecido no segundo semestre as transações comerciais do setor de autopeças subirão mais um degrau e poderão chegar a quase US$ 20 bilhões neste ano. Apesar da movimentação favorável dos negócios no mercado mundial, é o saldo comercial que preocupa o setor de autopeças. Em 2005 a indústria fornecedora de componentes para a indústria automobilística fechou com um superávit de US$ 84 milhões (US$ 7,49 bilhões de exportações e US$ 6,65 bilhões de importações). Em 2006, o saldo da balança comercial subiu para US$ 1,985 bilhão (exportação de US$ 8,64 bilhões e importação de US$ 6,779 bilhões). Em 2007, com a queda acentuada do dólar, as empresas de autopeças reverteram suas estratégias e passaram a importar mais componentes o que levou o setor a registrar um déficit de US$ 100 milhões. As exportações atingiram US$ 9,1 bilhões e as importações totalizaram US$ 9,2 bilhões. Para este ano, a expectativa do presidente do Sindipeças, Paulo Butori, é que o déficit do setor chegue a US$ 1,2 bilhão.