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CPFL e Neoenergia constatam demanda firme da indústria

DCI - 11/03/2009

Na contramão do que a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) divulgou sobre o resultado de consumo de energia pela indústria em janeiro, a CPFL Energia afirma que observou uma recuperação da demanda de energia elétrica pelo setor produtivo nos dois primeiros meses de 2009. As principais altas foram verificadas no setor de papel e celulose, que aumentou o consumo em 15% na segunda semana de fevereiro, as indústrias químicas e de embalagens e até mesmo as metalúrgicas, com destaque para aquelas ligadas ao setor automobilístico iniciaram 2009 registrando crescimento da demanda em relação a dezembro de 2008. Segundo o presidente da holding, que engloba sete distribuidoras, Wilson Ferreira Júnior, a empresa não sentiu nenhuma revisão de demanda do volume de energia contratada por grandes clientes. No total a empresa atende a 6,4 milhões de clientes em 568 municípios em SP, RS, MG e PR. Na comercialização, tem 21% do mercado livre brasileiro. Essa retomada do consumo industrial foi também verificada pela Comerc Comercializadora que registrou crescimento de 4,64% sobre o consumo de janeiro. Porém, se comparado com o mesmo mês de 2008, a queda ainda é significativa, 13,03%. No mercado em que o ambiente de contratação é regulado e onde estão inclusas as classes residencial e comercial a CPFL apresentou crescimento de 8% em comparação a 2007. O presidente da holding disse que essa será a tendência dessa classe de consumidores, posição que é confirmada pelo diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Neoenergia, Erick Breyer. A Neoenergia é a responsável pela Coelba, Celpe e Cosern (Bahia, Pernambuco e Rio Grande do Norte). Breyer afirmou que a crise não afeta a classe residencial porque quando há possibilidade de cortar consumo, essa ação é feita prontamente, por isso apenas na forma de desemprego é que o volume distribuído poderá chegar à empresa, que mantém investimentos anuais de R$ 1,16 bi (US$ 504 milhões) até 2011 em distribuição.