20/07/10 09h51

Crédito imobiliário da Caixa cresce 95%

O Estado de S. Paulo – 20/07/10

A Caixa Econômica Federal encerrou o primeiro semestre com um total de R$ 34,1 bilhões (US$ 18,9 bilhões) em sua carteira de crédito imobiliário, com a assinatura de 575 mil contratos. O resultado representa expansão de 95,1% em relação a igual período do ano anterior e já é maior que todo o montante aplicado em moradia no ano de 2008. O número também representa quase sete vezes o que foi emprestado em 2003. Segundo o vice-presidente de Governo da Caixa, Jorge Hereda, do total da carteira de crédito, R$ 16,48 bilhões (US$ 9,1 bilhões) foram destinados para o programa Minha Casa, Minha Vida. A previsão é de que até o fim deste ano a aplicação de recursos em crédito imobiliário supere a marca dos R$ 60 bilhões (US$ 33,3 bilhões).

O programa Minha Casa, Minha Vida tem 542 mil contratos assinados até junho em todo o País, desde seu lançamento, em abril do ano passado. No Estado de São Paulo foram contratadas 109.651 habitações no período, totalizando R$ 7,17 bilhões (US$ 4,0 bilhões).

Em São Paulo, a carteira de financiamento total, incluindo o programa, durante o primeiro semestre deste ano soma 128.874 contratos, o que representa aumento de 16,68% sobre os 110.450 do mesmo período do ano passado. Em valores, o Estado registrou aumento de 71,72%, passando de R$ 5,3 bilhões (US$ 2,7 bilhões) no primeiro semestre de 2009 para R$ 9,1 bilhões (US$ 5,1 bilhões) no primeiro semestre deste ano. Se o ritmo for mantido, até o fim do ano o volume de financiamento habitacional no Estado deve ultrapassar os R$ 12,1 bilhões (US$ 6,7 bilhões) alcançados em 2009.

O crédito imobiliário no Brasil tem condições de chegar a 10% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2015, na avaliação do vice-presidente de Governo da Caixa Econômica Federal. "No Brasil, o volume de crédito imobiliário ainda é inexpressivo, se comparado ao PIB e, portanto, acredita-se que o atual ciclo virtuoso deve se manter ao longo dos próximos anos", observou Jorge Hereda. Atualmente, o segmento representa apenas 3% do PIB.