15/07/13 14h59

Cresce o interesse de grupos estrangeiros em Ribeirão Preto e região

Jornal A Cidade - Ribeirão Preto

Empresas de outros países já investem em diversos setores da economia local e ampliam operações


O forte potencial de mercado e uma estrutura econômica sólida, com empresas de setores diversificados, fez com que Ribeirão Preto e a região entrasse no radar de investidores internacionais.


A transação entre a Companhia de Bebidas Ipiranga pela chilena Andina, anunciada na quinta-feira (11), no valor de R$ 1,2 bilhão, é o mais novo exemplo desse interesse estrangeiro nas empresas locais.


“Uma empresa como a Ipiranga, tradicional e com produção diversificada, atrai players internacionais que querem investir no Brasil. E isso acontece com diversos setores da região. Essa incorporação prova que a região é foco de investidores de fora”, conta o diretor regional do Ciesp, Guilherme Feitosa.


Os exemplos mais fortes da atuação de grandes grupos estrangeiros estão no setor sucroalcooleiro, que há cerca de 20 anos passou a atrair os olhos do mundo para a região.


A entrada de empresas como as francesas Tereos e Louis Dreyfus (LDC), a anglo-holandesa Shell e a norte-americana Bunge puxaram uma fila de investimentos em todo o setor sucroalcooleiro e em outros segmentos também.


“A região oferece essas oportunidades de aquisições e fusões, seja por causa de dívidas ou pela necessidade de expansão mesmo”, aponta Francisco Anuatti, professor de economia da FEA-RP/USP.


Benefícios
Se por um lado empresas tradicionais da cidade passam para as mãos de grupos estrangeiros – outro exemplo foi a venda de 60% da Santal para a norte-americana AGCO no ano passado – por outro, há o ganho em investimentos e ampliação de operação na economia local.


“Esse capital real é sempre bom, pois gera desenvolvimento, riqueza e emprego. Grupos mais fortes qualificam funcionários e ampliam a operação, o que é positivo para a sociedade”, diz o economista Tabajara Pimenta Junior.


Setores atraem atenção
Alguns segmentos econômicos organizados e que estão em expansão em Ribeirão e região já apresentam competência para interessar investimentos estrangeiros, de acordo com Francisco Anuatti, professor de economia da FEA-RP/USP.


“Temos indústrias importantes e sólidas na área médica e odontológica e também no ramo da tecnologia de informação”, avisa.


Ainda segundo Anuatti, até mesmo empresas de médio porte estão no radar de grupos internacionais.


“Muitas vezes, o objetivo dessas aquisições ou fusões é multiplicar o negócio e as operações”, explica.


Além de adquirir empresas já existentes, grupos de fora também prospectam a região para a instalação de unidades.