27/08/19 11h34

Cubo se prepara para receber startups latino-americanas

Pequenas Empresas e Grandes Negócios

O Cubo Itaú vai abrir suas portas para as startups latino-americanas. Em uma parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o espaço terá um local para o BID Lab, laboratório de inovação da entidade de fomento. A proposta é que os empreendedores brasileiros também possam fazer um intercâmbio para os países latinos. A iniciativa foi anunciada nesta segunda-feira (26/8), em São Paulo.

O BID irá atuar tanto como mentor para ajudar na internacionalização das startups como investidor dos negócios.

A instituição destinará US$ 385 milhões para as startups. Desse total, US$ 300 milhões vêm de fundos de venture capital parceiros, enquanto o restante vem de recursos próprios do BID.

Segundo Irene Arias Hofman, CEO do BID Lab, entre as principais áreas que o Banco pretende apoiar, estão temas como agricultura inteligente, cidades inclusivas, saúde, educação e o setor financeiro.

A iniciativa também busca conectar os negócios com o setor público. “Nós conhecemos as especificidades de cada país, principalmente em termos regulatórios e normativos. É um grande desafio, mas podemos ajudar os empreendedores a conversar com o governo”, diz Hugo Flórez Timoran, representante do BID no Brasil.

Promover o diálogo entre a as startups e burocrática e as instituições públicas não é uma tarefa fácil, segundo Timoran. Para mudar esse cenário, o banco pretende fazer workshops, com intuito de conscientizar o setor público sobre como funcionam o ecossistema de startups e também mostrar para os empreendedores como conversar com os clientes públicos.

De acordo com Timoran, os setores da saúde e educação podem ser beneficiados com essas parcerias. "Os dois estão entre as áreas que mais recebem recursos orçamentários, mas nem sempre esse dinheiro é usado corretamente. As startups têm espaço para gerar essa eficiência”, afirma.

Outro problema que o executivo destaca é a questão fiscal. “Os empreendedores podem trazer soluções que melhorem as deficiências de gastos do país”, diz.

Atualmente, o Cubo possui 126 startups em seu prédio físico. Elas atuam em variados setores, como logística, educação, saúde, varejo e finanças, entre outros mercados.

De acordo com Renata Zanuto, head do Cubo, para estar no coworking, as empresas precisam já estar gerando receita e ter potencial de escala. “Nos também temos uma plataforma digital, em que disponibilizamos conteúdos e mentorias para os empreendedores”.

A proposta da plataforma é conectar as startups, que já estão em São Paulo, um ecossistema bem aquecido, com outras empresas tanto de outros países da América Latina como de regiões como Norte e Nordeste.