21/06/07 15h46

Dasa reorganiza estrutura e avalia mais aquisições

Valor Econômico - 21/06/2007

Em 1996, a Diagnósticos da América (Dasa) era apenas a Delboni Auriemo, uma rede de laboratórios com dois sócios e 18 unidades na cidade de São Paulo, número que garantia a segunda posição no mercado da capital, atrás do Fleury. Então, a companhia começou a procurar oportunidades fora de casa. Onze anos se passaram e hoje é a quarta maior do mundo em serviços de diagnósticos médicos, atrás de duas empresas americanas e uma australiana. As unidades de atendimento superam 240 e o faturamento bruto em 2006 foi de R$ 729,7 milhões (US$ 335,17 milhões). Para este ano, as projeções são de o crescimento de 25%, sem contar os efeitos das aquisições prometidas. Facilmente, portanto, alcançará R$ 1 bilhão (US$ 518,54 milhões). Apesar dos números, o trabalho dentro e fora de casa continuam. A companhia anunciou ontem a conclusão do processo de dispersão de seu capital, com uma reestruturação societária. Com ela, os executivos terão mais autonomia para gerir o negócio e manter o crescimento das atividades. A expansão da Dasa está calcada numa estratégia agressiva com diferentes vetores: expansão geográfica, incorporação de novos serviços e penetração nas várias classes de renda. A partir 1999, quando obteve um aporte de capital de um grupo de fundos estrangeiros, posicionou-se como uma consolidadora do setor de diagnósticos, especialmente, pela compra de empresas menores. Desde aquele ano, já foram 15 transações. Mas nem só de aquisição vive a Dasa. Aos poucos, quer atrair a atenção do investidor para o crescimento orgânico, baseado na abertura de novas unidades - 33 neste ano - e na expansão de serviços como diagnóstico por imagem. A DasaPar, maior acionista direta da companhia, será incorporada pela empresa listada, a Dasa. Na sociedade que será absorvida estão o fundador do negócio, Caio Auriemo, e os fundos de investimento que aportaram recursos na empresa em 1999. "Essa reorganização coroa um processo de oito anos", afirma Henrique Gonçalves Bastos, diretor de Relações com Investidores da empresa. A fatia dos sócios, de 37,5%, não sofrerá alteração. O maior acionista isolado, após o rearranjo, será o Brazilian Analysis Private Equity Fund LLP. Auriemo terá 6,9% do capital da companhia. A Dasa abriu capital no final de 2004 e, menos de dois anos depois, pulverizou o controle na bolsa, apesar de os sócios principais manter o poder, organizados na holding DasaPar.