12/12/12 15h48

De olho em óleo, gás e embalagem, companhias suecas crescem no Brasil

Brasil Econômico

Tamanho e potencial do mercado local são principais motivos para 67% das empresas que atuam no país

Atraídas especialmente pelo crescente mercado consumidor brasileiro, as empresas suecas começam a ampliar fortemente sua presença no Brasil. Trazem na mala sua tradição de atuar em áreas relacionadas às atividades tecnológicas, ao varejo e à sustentabilidade. E buscam ganhar mais espaço em setores como os de óleo e gás, energia e embalagem.

Segundo a pesquisa inédita Panorama das Empresas Suecas no Brasil, realizada pela Kreab Gavin Anderson Brasil em parceria com a Câmara de Comércio Sueco-Brasileira (Swedcham Brasil), as companhias suecas apontaram o tamanho e o potencial do mercado brasileiro como principal motivo para a atuação no Brasil (67%), seguido pelo fato de o país fazer parte da estratégia global da empresa (18%) e pela necessidade de atender clientes (13%).

Os eventos esportivos internacionais (Copa do Mundo e Olimpíada) e o projeto do pré-sal representam as principais oportunidades de negócios, de acordo com o estudo, realizado pela primeira vez neste ano. Ostrês projetos juntos devem gerar negócios para 35% das companhias ouvidas na pesquisa. Do ponto de vista de oportunidade de crescimento, 16 multinacionais suecas apostarão em fusões e aquisições com os negócios no País.

“A Suécia é hoje o maior comprador europeu de etanol e temos muito interesse em estabelecer parcerias com empresas brasileiras nesta e em outras áreas”, acrescenta Nils Grafström, presidente da Câmara de Comércio Sueco-Brasileira.OBrasiltemampliado cada vez mais sua participação no nosso desempenho de comércio, conforme cresce a presença nórdica no Brasil”, diz.

Essa proximidade pode ser conferida pela atuação de importantes empresas suecas no mercado brasileiro como Volvo, Ericsson, Electrolux, Saab, Tetra Pak, Elekta, SKF etc. Além do Brasil, também cresce o interesse pela região latino-americana por parte dessa companhias.
 
Segundo a pesquisa,  63% das empresas têm presença ou operações em outros países da América Latina, Desse universo, 12% estão no Chile, 11% na Argentina e 10% no México. A expansão para outros países da região é um objetivo de curto prazo (12 meses) para a maioria das empresas (56%).

Além dos destinos mais conhecidos como Argentina, Chile, Colômbia e Peru — pela força de sua economia no continente —, os resultados destacam grande atração por países como Paraguai (nove companhias têm interesse de se instalar por lá) ou Cuba (três)