26/08/09 11h08

Demanda por bens de capital aumenta no BNDES

Valor Econômico

A Finame, agência de desenvolvimento do BNDES, já aprovou e liberou R$ 517,3 milhões (US$ 272,3 milhões) referentes a 2012 operações realizadas via agente financeiro na compra de bens de capital dentro do Programa de Sustentação do Investimento. Lançado pelo banco em 27 de julho, o programa reduziu os juros destas operações para 4,5% e 7% ao ano, até dezembro.

Cláudio Bernardo Guimarães de Moraes, superintendente da área de operações indiretas do banco, disse ao Valor que a demanda por máquinas, equipamentos, ônibus e caminhões voltou a esquentar e poderá responder até o fim do ano por R$ 11 a R$ 12 bilhões (US$ 5,8 a 6,3 bilhões) da performance da Finame em 2009. De janeiro a julho de 2009, a Finame liberou R$ 11,6 bilhões (US$ 6,1 bilhões), valor 12% abaixo do desembolsado no mesmo período de 2009.

O setor de comércio e serviços liderou as operações de crédito atendidas dentro da nova linha, atingindo R$ 323,7 milhões (US$ 170,4 milhões) ou 62,6% do total aprovado e desembolsado pelo banco via agentes, com destaque para o ramo de transportes, que concentrou R$ 243,6 milhões (US$ 128,2 milhões). A indústria de transformação levou R$ 114 milhões (US$ 60 milhões), seguida pelo agronegócio, com R$ 74,4 milhões (US$ 39,2 milhões) e a indústria extrativa, com R$ 5,3 milhões (US$ 2,8 milhões). As grandes empresas responderam por R$ 199,5 milhões (US$ 105 milhões) dos recursos do banco emprestados via agentes, ou 38,6% do total de pedidos liberados e aprovados. A média empresa tomou R$ 107,3 milhões (US$ 56,5 milhões), a pequena, R$ 93,3 milhões (US$ 49,1 milhões), a micro, R$ 70,2 milhões (US$ 37 milhões) e a pessoa física, R$ 47 milhões (US$ 24,7 milhões).

A grande procura por recursos para compra de ônibus e caminhões explica o fato de o banco da Volkswagen ter sido o campeão dos repasses do banco neste processo. O banco da montadora foi o agente financeiro do BNDES que mais dinheiro repassou às empresas dentro do novo esquema de juros baixos, ao todo R$ 176 milhões (US$ 92,6 milhões). Os bancos Itaú e Bradesco se destacaram em segundo e terceiro lugares no ranking.