30/04/08 14h19

Desembolsos do BNDES crescem 45% no trimestre

Valor Econômico - 30/04/2008

Os desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no primeiro trimestre atingiram R$ 16,4 bilhões (US$ 9,4 bilhões), uma alta de 45,4% em comparação com o volume desembolsado em igual período do ano passado. Nos 12 meses encerrados em março, os desembolsos do banco de fomento subiram 25,4% frente aos 12 meses imediatamente anteriores, para R$ 70 bilhões (US$ 40 bilhões). O maior crescimento dos desembolsos no primeiro trimestre ficou com infra-estrutura, com avanço de 61,3% em relação aos três primeiros meses de 2007, para R$ 5,6 bilhões (US$ 3,2 bilhões). A maior fatia de recursos, no entanto, foi para a indústria, que recebeu R$ 7,6 bilhões (US$ 4,3 bilhões), 38% a mais que o recebido entre março e janeiro do ano passado. A agropecuária recebeu R$ 1,3 bilhão (US$ 742,9 milhões), alta de 15%, enquanto o setor de serviços ficou com R$ 1,9 bilhão (US$ 1,1 bilhão) no primeiro trimestre, com um crescimento de 61% em comparação com igual período do ano passado. Em termos de aprovações, o BNDES fechou o primeiro trimestre com R$ 21,7 bilhões (US$ 12,4 bilhões), 21,5% a mais que no primeiro trimestre do ano passado. Em 12 meses, o total aprovado pela instituição chegou a R$ 102,6 bilhões (US$ 58,6 bilhões), uma alta de 22,3% frente aos 12 meses imediatamente anteriores. No primeiro trimestre, o destaque de alta foi a indústria, que cresceu 88,2% em aprovações, para R$ 13,2 bilhões (US$ 7,5 bilhões), enquanto o setor de infra-estrutura teve aprovados R$ 5,4 bilhões (US$ 3,1 bilhões), queda de 24,6%. As aprovações para agropecuária caíram 3,7% no primeiro trimestre, para R$ 1,1 bilhão (US$ 628,6 milhões), enquanto o recuo no setor de serviços foi de 21,9%, para R$ 1,9 bilhão (US$ 1,1 bilhão). Apesar do mercado de capitais menos aquecido este ano, os desembolsos do BNDES ainda ficaram aquém dos valores captados pelas empresas por meio de ofertas públicas registrados na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que no primeiro trimestre alcançaram a marca de R$ 43 bilhões (US$ 24,6 bilhões). A maior parte desse volume, cerca de 75%, foi relativo a captações por meio de debêntures, que em janeiro e fevereiro estiveram muito aquecidas. No ano passado, as ações lideraram entre as modalidades de emissão.