27/08/09 11h11

Desemprego deve ficar estável, diz Seade/Dieese

O Estado de S. Paulo

Os coordenadores da Pesquisa de Emprego e Desemprego da Fundação Seade, Alexandre Loloian, e do Dieese, Clemente Ganz Lucio, acreditam que o desemprego deve cair de forma lenta e gradual até o fim do ano. Segundo eles, o segundo semestre costuma ser melhor que o primeiro para o emprego. Lucio afirmou que o desemprego deve encerrar o ano muito próximo do nível de 2008, quando a taxa média foi de 14,1% nas seis regiões metropolitanas que fazem parte da pesquisa. Se a previsão se confirmar, será a primeira vez em que deve ocorrer estabilidade, após cinco anos seguidos de queda no desemprego.

Para ele, o resultado poderá ser avaliado como positivo. "Para se ter uma ideia, o contingente de desempregados nas seis regiões metropolitanas aumentou em 100 mil pessoas em julho na comparação com julho de 2008, para 3,029 milhões de pessoas. São números elevados, mas bem menores que os milhões de desempregados a mais que temos visto nos países desenvolvidos em razão da crise."

Por outro lado, ainda não será em 2010 que o País voltará ao período de 2004 a 2008, quando as taxas de desemprego caíram por cinco anos seguidos. Os coordenadores não arriscam números, mas apostam novamente em uma relativa estabilidade nas taxas de desemprego. A diminuição dos empregos no setor de Serviços da Região Metropolitana de São Paulo foi a responsável pelo pequeno crescimento da taxa de desemprego do País em julho ante junho, de 14,8% para 15%. Entre as seis regiões metropolitanas que fazem parte da pesquisa, o desemprego aumentou somente em São Paulo, de 14,2% em junho para 14,8% em julho. Em São Paulo, o setor de Serviços foi o que mais demitiu em julho, 67 mil ao todo, seguido pelo agregado "Outros Serviços", que dispensou 4 mil pessoas. O setor de Serviços representa 54% dos ocupados da região.