16/10/08 13h57

Dores garantem US$ 1,2 bilhão para a indústria farmacêutica

Gazeta Mercantil - 16/10/2008

Todos os dias 10% da população de uma cidade tem algum tipo de dor considerada simples, seja de cabeça, nas costas ou muscular. Em uma cidade como São Paulo, com mais de 10 milhões de habitantes, isso representa mais de 1 milhão de pessoas com dor. Se considerarmos o Brasil inteiro teremos a exata noção do quanto hoje movimenta o mercado de analgésicos no País. Nos últimos 12 meses, contados a partir de agosto, o segmento de remédios livres de prescrição médica, ou OTCs (over the couter na sigla em inglês,) movimentou cerca de R$ 7,2 bilhões (US$ 3,3 bilhões), o equivalente a 28,5% do mercado farmacêutico. Desse total, os analgésicos para adultos corresponde a 12,6%, ou R$ 910 milhões, conforme dados do IMS Health. No ano de 2007 o crescimento de 16,5%. É exatamente por isso que mais de 170 marcas se engalfinham hoje para conquistar o consumidor que busca desesperado a farmácia mais próxima. E nesse jogo vale tudo, até mesmo ter várias apresentações para o mesmo produto. As campeãs são as cartelas, também chamadas de blisters, responsáveis por mais de 84% das vendas. Por serem baratas, elas também atraem um novo paciente, aqueles das classes de menor poder aquisitivo, que antes não se tratava. Em genéricos, os analgésicos já respondem por cerca de 8% do mercado, ou US$ 157 milhões em 2007, segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (PróGenéricos). Para a Bayer, dona da Aspirina, um dos mais tradicionais analgésicos, este é um dos segmentos mais estratégicos dentro da companhia globalmente. E além do ácido acetilsalicílico a empresa também atua no segmento com o paracetamol, sob a marca Saridon.