09/11/10 10h06

Dow investe em centro de tecnologia em Jundiaí

Valor Econômico

A Dow Brasil, multinacional americana do setor químico e de plásticos, anunciou a criação de um centro de tecnologia e desenvolvimento de mercado para o poliuretano (PU) e sistemas formulados. Esse centro está instalado na cidade de Jundiaí (SP) e demandou investimentos da ordem de US$ 2 milhões, afirmou ao Valor Fernando Rodriguez, diretor comercial da companhia no país. "Nesse centro, a empresa já está trabalhando no desenvolvimento de soluções personalizadas para seus clientes", disse Rodriguez.

A inauguração oficial do centro de tecnologia da Dow está prevista para janeiro de 2011. Esse é o primeiro órgão integrado da multinacional na América Latina. A intenção é promover a integração desses centros em todo o mundo, o que permitirá à Dow acessar novas tecnologias e tendências. Em Jundiaí serão oferecidos produtos, como preparação de pré-polímeros, linha de simulação para fabricação de espumas flexíveis, desenvolvimento e preparação de protótipos para novos produtos. Um dos lançamentos será uma espuma de poliuretano, batizada de Fresh Comfort, que será utilizada pelas indústrias de colchões - um dos principais diferenciais é a maior durabilidade em relação ao látex.

O mercado de poliuretano está ganhando mais espaço no país, expandindo-se de suas tradicionais aplicações, como estofados de carros e espuma para colchões, para se tornar revestimentos acústicos na construção civil e também isolante térmico para refrigeradores. "Os mercados automobilístico e mobiliário (fabricação de colchões, por exemplo) estão em franca expansão, mas há mercados para ser explorados", afirmou.

De olho no potencial de outros setores, a Dow está se preparando para desenvolver produtos para atender a demanda que está por vir com a Copa do Mundo no Brasil, em 2014, e Olimpíadas, em 2016, que será realizada no Rio de Janeiro. "É possível desenvolver espumas rígidas e isolantes para o setor de construção civil e infraestrutura." No país, a empresa possui duas unidades voltadas para essa área - o TDI (tolilenedisocianato), uma das matérias-primas para a produção do polímero em Camaçari (BA), e polióis, outro tipo de insumo, na fábrica de Guarujá (SP).