13/06/13 15h05

Ecolab amplia centro de pesquisa

Correio Popular

Campinas se fortalece a cada ano como um centro de geração de tecnologia na América Latina, vocação que atrai mais e mais investimentos. Ontem, a Ecolab, especializada em produtos e serviços de água, higiene e energia, inaugurou a ampliação de seu centro de pesquisa instalado no Techno Park. A multinacional norte-americana empregou US$ 2 milhões para aumentar sua capacidade de criar novas tecnologias, especialmente nas áreas de petróleo e gás, para ganhar participação no mercado brasileiro.


Os negócios da multinacional crescem entre 10% e 15% por ano no País - percentual que deverá ficar um pouco maior, em torno dos 16%, este ano. Com outros grandes mercados como Europa e Estados Unidos ainda em crise, a companhia aposta em mercados emergentes. O vice-presidente e gerente geral da sub-região Brasil da Ecolab, Jaime Perez, afirmou que os BRICs (Brasil, Rússia, China e Índia) estão na mira da empresa e vão receber “atenção especial”. “As operações no Brasil ainda têm uma participação menor nas receitas da empresa, mas a subsidiária local cresce ano a ano”, ressaltou.


O executivo destacou que a ampliação do Centro de Pesquisa, Desenvolvimento e Engenharia, em Campinas, é uma prova da disposição da companhia em investir no País. No ano passado, o faturamento no Brasil foi de US$ 400 milhões. “Se comparado com o faturamento global da companhia. que chega a quase US$ 14 bilhões, vemos que ainda temos o que crescer aqui e muito o que ganhar em termos de participação nos negócios mundiais da empresa”, disse.


Ele apontou que há áreas nas quais a empresa atua com mais chance de expansão rápida no Brasil. “É o caso dos segmentos de energia, com o avanço do pré-sal; do institucional e também da área de alimentação, todos em alta no País”, comentou. Perez salientou que a queda da atividade industrial afetou os negócios com clientes do setor. A companhia possui contratos com empresas com unidades em todo o mundo, como a rede de hoteis Marriot e o McDonald’s.


De acordo com ele, a Ecolab tem 44 mil funcionários, 120 unidades de produção, 19 centros tecnológicos e 1.600 cientistas em todo o mundo. “No Brasil, são 1.600 trabalhadores, duas unidades fabris, um centro de desenvolvimento e oito de distribuição”. O diretor de Pesquisas, Desenvolvimento e Engenharia América Latina da Ecolab, Edmir Carone, afirmou que o centro tecnológico de Campinas já teve três patentes registradas. Ele salientou que a ampliação do centro de Campinas, que terá agora 1.300 metros quadrados, fortalece as operações da empresa no País e expande a capacidade de geração de novas tecnologias e produtos.


Falta pouco para ser parque tecnológico
Em quatro meses, a direção do Techno Park, condomínio de empresas instalado em Campinas, espera obter o credenciamento definitivo no Sistema Paulista de Parques Tecnológicos (SPTec). No final de maio, o condomínio conquistou autorização provisória para o programa. “Já temos todos os documentos necessários para solicitar o credenciamento definitivo”, disse o diretor do Techno Park, José Luiz Guazzelli. Contar com o status de parque tecnológico reforçará a vantagem competitiva de Campinas na atração de empresas. “Empresas instaladas em parques tecnológicos contam com incentivos fiscais do Estado. Hoje, eles são oferecidos apenas pelo município”, comentou.