25/06/13 14h58

Economia do Estado de São Paulo cresce 0,6% em abril

Folha de S. Paulo/Mercado Aberto

O PIB do Estado de São Paulo registrou alta de 0,6% em abril, na comparação com o mês anterior, de acordo com dados que a Seade (Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados) divulga hoje.


O setor da indústria, com expansão de 2,2%, fez com que o resultado não fosse pior, já que a agropecuária recuou 0,2% e os serviços cresceram discretamente (0,8%).
Na comparação com abril de 2012, no entanto, os dados são mais otimistas: alta de 4,8% na economia --alavancada, novamente, pela indústria, que registrou elevação de 8,4% no período.


Os segmentos farmacêutico e de veículos automotores foram os principais responsáveis pelo desempenho do setor, com alta de 23,8% e 8,3% na produção, respectivamente.


As áreas de máquinas e equipamentos --que podem ser usadas como indicadoras do nível de investimentos-- também apresentaram variação positiva pelo quarto mês consecutivo.


"O [efeito do] crescimento da indústria sobre o PIB estadual só não foi maior porque o setor de serviços aumentou apenas 2,9% em relação a abril do ano passado", afirma Maria Helena Guimarães de Castro, diretora-executiva da Fundação Seade.


Os serviços respondem por 57% do total do PIB do Estado de São Paulo.


Nos quatro primeiros meses do ano, em relação ao mesmo período de 2012, a economia paulista apresentou elevação de 1,6%.


"É difícil antecipar uma tendência, mas houve crescimento pelo quarto mês consecutivo no Estado. De janeiro a abril, a expansão foi constante", acrescenta.


SOBE E DESCE
O próximo auge da indústria do Estado de São Paulo, considerando os ciclos econômicos, deve ocorrer em meados de 2014, segundo estudo de Haroldo da Gama Torres, da Fundação Seade.


O economista avaliou o comportamento da produção industrial a partir de dezembro de 2003, com base nas taxas de crescimento acumuladas em períodos de 12 meses.


A pesquisa mostra a formação de dois ciclos bem definidos. O primeiro, de 2005 a 2008, mais suave. O segundo, entre 2008 e 2010, mais pronunciado por influência da crise internacional.


Um novo ciclo dá mostras de formação a partir de 2010. Do pico de expansão da indústria naquele ano à baixa de 2012, passaram-se 21 meses. Isso significa que, se ocorrer um novo período simétrico, o auge do crescimento será no próximo ano.


Torres diz, no entanto, que embora essa regularidade seja significativa, a expansão econômica é influenciada por diversos fatores complexos que podem encurtar ou alongar o atual ciclo.


"É um momento de muita incerteza", acrescenta o economista da fundação.