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EcoRodovias acelera projeto de novos terminais de carga

Valor Econômico - 15/05/2009

Uma das maiores concessionárias de rodovias do país, responsável pelo conjunto Anchieta/Imigrantes, em São Paulo, e rotas no Paraná e Rio Grande do Sul, a EcoRodovias está tirando do papel um plano para transformá-la também em uma grande empresa de logística. A companhia lançou no fim do ano passado um pátio de 400 mil m² para movimentação de contêineres em Cubatão (SP), deve inaugurar um ainda maior no início da rodovia Imigrantes em 2011 e planeja mais polos do gênero em outras rotas administradas pela concessionária. A projeção é de que em quatro anos a área de logística irá corresponder a 20% da receita do grupo, que fechou 2008 em quase R$ 900 milhões (US$ 428,6 milhões).

Segundo o presidente da EcoRodovias, Marcelino Rafart de Seras, o plano de desenvolver a área de logística associada à atividade de concessão surgiu ainda 1998, logo depois de assumida a rota Imigrantes, mas teve de aguardar até 2003 para começar a ser executada - passados os investimentos mais pesados nas rodovias e a turbulência financeira que atingiu o país em 2002. A visão do executivo é de que todas as operações do grupo envolvem importantes rotas turísticas e de exportação/importação, e a entrada na logística não significa mudar o foco da empresa.

A primeira iniciativa, o Ecopátio Cubatão, começou a operar no fim do ano passado e recebe uma média de 1,5 mil caminhões ao dia em seu pátio regulador. O espaço deverá ganhar ainda este mês um novo serviço, um polo metal-mecânico para reparação de contêineres vazios, e há negociações para a instalação de um polo intermodal para movimentação de contêineres cheios. O polo integrará o modal ferroviário, agregando uma linha da MRS que passa a poucos metros do pátio, e a EcoRodovias pretende inaugurar o primeiro serviço de modal aquático para embarcar mercadorias nos navios dos terminais de Santos - pelo sistema, a carga sai do pátio e segue em barcaças até os navios. A empresa tem ainda planos de apostar na operação de terminais molhados no próprio porto de Santos.