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Efacec vai investir em energia eólica e em transportes no Brasil

Valor Econômico - 11/07/2008

Luis Filipi Pereira, o principal executivo da multinacional portuguesa Efacec, tem planos ambiciosos para sua operação no Brasil. No comando de um grupo que deverá faturar globalmente 600 milhões de euros neste ano, Pereira mira desde a expansão do metrô em São Paulo (SP), passando pelo serviço de trens da capital paulista, pelo gerenciamento de projetos de instalação de usinas termelétricas até ser dono de parques eólicos no país. A primeira investida aconteceu dias atrás, quando a Efacec firmou um contrato com a Cia. Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) de R$ 200 milhões (US$ 125 milhões). Pelo acordo, a multinacional vai instalar um sistema de sinalização, de telecomunicação, energia e outros nas linhas da CPTM. Outra investida da Efacec no país deverá acontecer na região Nordeste. Depois de pagar R$ 7,5 milhões (US$ 4,7 milhões) para comprar a brasileira Energy Service no ano passado, a empresa herdou uma operação no Recife (PE) que faz reparação e manutenção de motores e geradores. Agora, estuda mudá-la de local. Segundo o executivo da Efacec, a companhia já reservou 6 milhões de euros para levar a unidade de Recife para próximo do Porto de Suape, também no Estado de Pernambuco. A mudança também vai quintuplicar a capacidade instalada da operação. O fato é que a operação do Brasil tem despertado cada vez mais o interesse da matriz em Portugal. Primeiro, porque a meta imaginada para meia década foi cumprida neste ano. E depois porque a quantidade de pedidos em carteira é de fazer inveja a muitos grupos. No ano passado, quando faturava R$ 30 milhões (US$ 18,8 milhões) por aqui, a companhia imaginava ultrapassar a marca dos R$ 100 milhões (US$ 62,5 milhões) em cinco anos. Enganou-se. Em 2008, assegura Pereira, a receita da Efacec no Brasil será de R$ 100 milhões (US$ 62,5 milhões). Com o bom andamento da operação no país, a Efacec então resolveu fazer novas previsões. E já projeta um faturamento anual de R$ 500 milhões (US$ 312,5 milhões) para 2013. Ou seja, uma receita cinco vezes maior que a registrada neste ano. Aparentemente a tarefa parece ser quase impossível. Mas não é, diz Pereira. Isso, porque a Efacec já tem em carteira pedidos que totalizam R$ 600 milhões (US$ 375 milhões).