04/06/20 12h26

Eixo SP projeta investimentos de R$ 13,7 bilhões durante concessão

Consórcio assume hoje a gestão do lote PiPa, no qual estão inseridos trechos de três rodovias da região; empresa promete novidades tecnológicas e de infraestrutura, estas, nos primeiros 24 meses

O Imparcial

A partir de hoje, o lote PiPa (Piracicaba-Panorama), que compreende 1.273 quilômetros da malha rodoviária paulista (20% do total concedido e a maior concessão de estradas da história do Brasil), estará sob gestão da Eixo SP. O contrato entre a concessionária e a Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo) foi assinado em 15 de maio, após o consórcio vencer o certame com oferta de R$ 1,1 bilhão. Agora, a Eixo apresenta seu plano de investimento para os próximos 30 anos de concessão, com expectativa de R$ 13,7 bilhões destinados a ampliações e melhoramentos das estradas em 62 municípios do Estado.

Das 12 rodovias inseridas no lote, três cortam a região de Presidente Prudente, são elas: a Rodovia Comandante João Ribeiro de Barros (SP-294), que atravessa a Nova Alta Paulista, a Rodovia Assis Chateaubriand (SP-425), o trecho de Presidente Prudente a Parapuã, e a Rodovia Homero Severo Lins (SP-284), que interliga Martinópolis até Assis, na região de Marília.

Para os primeiros cinco anos, a Eixo projeta que já serão investidos, em todo o PiPa, R$ 4,2 bilhões em obras e pagamento de funcionários diretos e indiretos, visto que, em meia década, a pretensão é abrir mais de 5 mil vagas de trabalho, sendo 2.031 empregos diretos já no início das operações.

Primeiros 24 meses

Todos os dados acima foram apresentados em live, realizada nesta semana, com a presença de prefeitos, representantes da Eixo SP e do governo estadual, entre os quais, o secretário estadual de Logística e Transportes, João Octaviano Machado Neto.

Em meia década, a pretensão é abrir mais de 5 mil vagas de trabalho, sendo 2.031 empregos diretos já no início das operações

Quem apresentou os números e projetos foi o diretor-presidente da Entrevias, empresa responsável pelo consórcio Eixo SP, Sergio Ray Santillan. Ele demonstra os planos dos primeiros 24 meses de concessão: pavimento (operações tapa-buracos, correção de depressões, selagem de trincas, reparos superficiais, fresagens, eliminação de degrau); faixa de domínio (remoção de detritos, poda e revestimento vegetal, recuperação de erosões); drenagem (desobstrução dos elementos de drenagem superficial, reparos, colocação de grelhas e tampas nas caixas de captação); contenção viária (reparação ou substituição, recomposição de defensas e balizadores); e sinalização (reparação ou substituição de placas, limpeza, recuperação de sinalização horizontal e recuperação de dispositivos delimitadores).

O diretor-presidente não se esquece de apontar como principal meta a redução de acidentes e mortes nas estradas, e para isso, além de infraestrutura, apresenta projetos sociais e educativos.

Inovações apresentadas

Segundo Sergio, a principal novidade que a nova concessão trará é o Sindemanda, um sistema para requisição de pleitos e demandas recebidos da sociedade, sejam administração pública, prefeituras, Câmaras ou associações. Na prática, o sistema permite o cadastro das demandas pelos municípios, seguido da análise e priorização dos investimentos. As mudanças propostas são submetidas à audiência pública e aprovação da Artesp, para, então, tornar-se uma adequação contratual. A empresa garante que haverá, a cada quatro anos, revisão ordinária do contrato.

Outras garantias que o consórcio deu, em reunião, aos representantes da sociedade, é a inovação tecnológica ao longo da malha rodoviária. Segundo Sergio, todo o perímetro da concessão terá cobertura wi-fi, radiocomunicação e rede de fibra-ótica. Além disso, serão, em breve, instaladas câmeras em 100% do lote PiPa, estrutura para pesagem de cargas em movimento e sensoriamento de tráfego.

A apresentação não deixou de fora os aspectos ambientais. Foi exposto o programa Carbono Zero, que tem por objetivo neutralizar as emissões de gases do efeito estufa provenientes das atividades de operação, tais quais inspeções do tráfego, serviços de guincho e atendimentos mecânicos, ambulâncias, atendimentos de incidentes e operação das praças de pedágio.

A empresa não deu prazos exatos para cada uma dessas mudanças anunciadas.