06/10/10 11h45

Em Jundiaí, a Japi "envenena" aviões executivos

Valor Econômico

A 60 quilômetros de São Paulo, em Jundiaí, a Japi Aeronaves tem apostado num serviço que ela mesma denomina de "envenenar" aeronaves. O proprietário da empresa, Cláudio Sanches Bernstein, conta que é um conjunto de produtos e serviços que podem fazer com que um avião mais velho ganhe economia de até 30% no consumo de combustível. O empresário estima que o querosene de aviação, para um empresário ou fazendeiro dono de um jato, represente cerca de 60% dos gastos totais com a aeronave. Dentro do pacote para "turbinar" o avião, ele lembra que é crescente o volume de pedidos de sistemas de entretenimento. São aparelhos de Blu-ray com telas de cristal líquido, interfaces para DVD, iPhone e iPod, entre outros aparatos tecnológicos, que chegam a custar US$ 50 mil. "As modificações não mexem na aerodinâmica da aeronave. São produtos como o estabilizador de cauda, instalação de bagageiros e remotorização", afirma Bernstein.De acordo com ele, a venda desse pacote de serviços responde atualmente por 5% do faturamento da Japi. Em um ano, o executivo quer que a participação salte para 25%. Em 2009, a empresa teve faturamento de R$ 8 milhões (US$ 4,1 milhões). Para este ano, a projeção alcança R$ 11 milhões (US$ 6,5 milhões).A Japi faz a manutenção de cerca de 40 aeronaves por mês. A empresa também oferece gerenciamento de aviões para os donos. Esse serviço inclui a contratação do piloto, por exemplo. "Depois que o mercado americano encolheu, os holofotes estão se virando para o Brasil", afirma Bernstein.