18/08/08 15h50

Em SP, Oi garante que não será "nem pequena, nem carioca"

Gazeta Mercantil – 18/08/2008

Como numa olimpíada, a agenda sobre a mesa do diretor de mercados da operadora de telefonia móvel e fixa Oi em São Paulo, Roberlei Generali, conta o prazo para o início da competição: "Faltam oito semanas"- lê o dono do gabinete, em voz alta. O dia 15 de outubro é o prazo que Generali tem para lançar ao público paulista a operação de telefonia móvel que vai competir com Vivo, Claro e TIM, incontestáveis donas do mercado local, de 31,9 milhões de celulares (números de junho) em serviço e densidade (quantidade de telefones por cem habitantes) de 75,6, ou seja, menos de um telefone por pessoa. E ela não chega só. Vem acompanhada da aeiou (ex-Unicel), que tem o lançamento comercial marcado para 8 de setembro sob uma alternativa similar: não vai comercializar telefones, só chips, para ocupar o lugar de segunda prestadora do usuário. Generali relata que os estudos para implantação da Oi em SP, iniciados na primeira metade da década, mostraram que o público paulista não tinha a menor idéia da empresa e a ela associava a idéia de "pequena e carioca". A Oi teve de adotar, então, a estratégia de chegar a São Paulo sem o sotaque que a associava a uma alternativa menor, pequena, só de carioca. "Não somos cariocas, temos a sede no Rio de Janeiro", define o paulista Generali. "E não somos pequenos, nem que sejamos grandes só na audácia", completa. Sobre uma eventual transferência da sede da Oi do Rio para São Paulo, o diretor desconversa, embora, com o socorro da assessoria, informe que não há restrições regulatórias caso a opção da mudança venha a ser analisada pela companhia. "Mas não estamos nem cogitando isso no momento", garante Generali, que há algumas semanas se dedica a acompanhar a realização dos testes de simulação comercial real. "Estamos utilizando mais de mil telefones celulares nos testes, a maioria em poder de funcionários da prestadora", confidencia. "Estamos na fase de encontrar os problemas, para que não cheguem ao consumidor", diz ele, relacionando falhas com o plano de numeração e estações móveis mudas como os mais corriqueiros - e comuns a inícios de operação.