Empregos na região de Sorocaba se recuperam no segundo trimestre
Foram criadas 1.857 vagas de trabalho, segundo dados da Fundação Seade
Jornal Cruzeiro do SulO nível de emprego na Região Metropolitana de Sorocaba (RMS) aumentou em 1.857 postos de trabalho no segundo trimestre de 2019. O número é o resultante entre as 51.436 admissões ante 49.579 desligamentos no período. O balanço foi divulgado pela Fundação Estadual de Análise de Dados (Seade), órgão vinculado ao governo estadual.
Composta de 27 municípios, a RMS detém 4,2% do total dos empregos formais do Estado de São Paulo, segundo a Seade. As ocupações com maiores saldos positivos na geração de vagas formais no segundo semestre foram o trabalhador no cultivo de árvores frutíferas (1.038 vagas) e no de cana-de-açúcar (443), ambas na agricultura. As ocupações com maiores saldos negativos foram vigilante (1.158 vagas extintas) e vendedor de comércio varejista (295).
Os dados da Seade também levam em conta os registros do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia. Considerando só o município de Sorocaba, houve fechamento de 985 vagas em junho, conforme o Caged, com todos os principais setores demitindo. No ano (1º semestre), o saldo do município segue positivo, com 1.535 empregos gerados, assim como no acumulado dos últimos 12 meses, com a criação de 3.158 vagas.
Sinais de recuperação
Na análise do economista e professor universitário Sidney Oliveira sobre os dados regionais, não é possível fazer uma avaliação separada do contexto nacional, que tem apresentado registros positivos na criação de vagas formais. Ele admite que isso significa que a economia começa a dar sinais de recuperação, embora o cidadão ainda não sinta isso diretamente porque o desemprego, na casa de 12 milhões de pessoas, ainda é grande.
Oliveira recorda que há dois ou três anos o desemprego apresentava tendência de alta. Essa tendência parou e quis esboçar uma reação, mas turbulências ligadas a questões políticas prejudicaram esse ritmo. Agora, ele calcula que o nível do dólar ainda é favorável às exportações e a capacidade das empresas ainda é ociosa.
“A gente começa a observar que a coisa começa a querer reagir”, considera o economista. “Vejo isso como um sinal positivo e é o que é esperado. Alguns investimentos começam a ser divulgados. A geração de emprego mesmo, numa proporção em que a população possa sentir melhorando alguma coisa, vai demorar um tempinho. Mas é um bom sinal.”