17/01/20 13h57

Empresa fatura R$ 6,5 milhões transformando dados em estratégias e expande negócio para Portugal

A Math Marketing auxilia empresas na aquisição de dados relevantes e elaboração de estratégias. Agora, empresa se internacionalizou e incorporou um novo negócio para crescer no Brasil

Pequenas Empresas e Grandes Negócios

"Os dados são o novo petróleo" é uma frase cada vez mais repetida por especialistas. Mas não basta ter um grande volume para torná-los valiosos: é preciso saber como usá-los para ter resultados. Ajudar empresas nesse processo é a proposta da Math Marketing. Com o que chama de Data Science Marketing, o negócio faturou R$ 6,5 milhões em 2019 e iniciou uma expansão para Portugal.

No final de 2019, também fortaleceu sua atuação nacional com a aquisição da operação brasileira da Igni, uma empresa mexicana com foco em conteúdo. A ideia é aumentar o portfólio de serviços e complementar os já oferecidos. A Math hoje atende 22 grandes empresas, todas com faturamento superior a R$ 500 milhões ao ano.

Entre os cases de sucesso estão números chamativos. Um cliente do setor financeiro aumentou o tráfego orgânico em seu site em 434%. O resultado liberou uma verba de R$ 1,2 milhão em mídia – já que, com a estratégia, a empresa passou a poder alocar o recurso em outros objetivos.

Erros e acertos

Criada em 2015, a Math Marketing surgiu de uma ideia que não deu certo. Cientista de dados, mas apaixonado por marketing, Marcel Ghiraldini deixou uma empresa de TI junto a um sócio, Sérgio Larentis, para criar uma startup. A ideia era usar inteligência artificial (IA) para ajudar empresas a analisar dados e melhorar suas vendas.

Eles desenvolveram um projeto piloto em uma grande empresa do setor imobiliário. O modelo funcionou, mas enfrentou barreiras no restante do mercado. A maioria das empresas não coletava ou organizava os dados necessários para as análises.

Naturalmente, os sócios passaram a oferecer serviços que ajudavam os negócios a chegarem ao patamar almejado. Logo decidiram pivotar o negócio e focar de vez na área. "Sentamos ombro no ombro com os clientes e os ajudamos a definir quais dados têm que capturar e qual será a estratégia de governança", explica Ghiraldini. "Tudo isso até chegarmos aos modelos que dirão que ações eles devem tomar para otimizar os resultados."

O modo encontrado para potencializar o negócio foi criá-lo como um spin off da empresa de TI em que atuavam, chamada Conectt. As duas hoje compartilham equipes de áreas como administração, RH e jurídico. Só na Math, são 50 funcionários independentes. André Boger, da Conectt, também ingressou como sócio.

Expansão

A ida para Portugal, segundo Ghiraldini, visa explorar um mercado carente na área de dados e marketing. "O mercado digital de lá vive um atraso de três anos", afirma ele. "Aqui, falar de web analytics é quase banal. Lá, vemos grandes empresas usando o recurso de forma simplificada."

Já a incorporação da Igni no Brasil visa atender um serviço que a Math antes delegava a parceiros: a produção de conteúdo para formatos como e-mails, mensagens de texto e banners. A operação não teve seu valor revelado, mas a empresa diz ter investido um total de R$ 500 mil na aquisição, na internacionalização e em estrutura de treinamentos.