23/03/21 12h27

Empresa testa telhas solares em Marília e prepara produção em massa

Marília, Ourinhos, Itaipava e Cambé agora fazem parte do projeto piloto

Jornal da Manhã

A empresa Eternit instalou em Marília e em outras 3 cidades do interior de São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná, testes do seu mais novo projeto: As Telhas Solares. 

Os projetos fotovoltaicos foram instalados nas cidades de Marília e Ourinhos, no estado de São Paulo; Itaipava, no Rio de Janeiro; e Cambé, no Paraná. O menor deles, em Ourinhos, tem capacidade de 70 kWh por mês, o suficiente para uma economia mensal de 50 reais na conta. Foram usadas 72 telhas nessa instalação. Já o maior está em Marília, com 560 telhas e capacidade de 550 kWh/mês, o suficiente para abater 390 reais da conta de luz, considerando a tarifa atual. 

Cada telha solar, cujo tamanho é de 36,5 cm por 47,5 cm, tem potência de 9,16 watts, o que se reflete em uma capacidade média mensal de produzir 1,15 Quilowatts-hora (Kwh) por mês. A empresa estima que o uso da tecnologia possa reduzir o custo de um sistema solar em até 20%. Com isso, o retorno esperado para o investimento é de três a cinco anos. Para uma residência pequena, são necessárias cerca de 150 telhas; casas de alto padrão devem utilizar até 600 unidades. O restante do telhado pode ser feito com telhas comuns. 

As telhas solares serão produzidas na fábrica da Tégula Solar, marca que pertence ao grupo, em Atibaia, interior de São Paulo. A linha de produção já está rodando, mas, no momento, apenas projetos piloto, de clientes selecionados pela empresa, estão recebendo o material. “Estamos seguindo com sucesso as etapas do plano de desenvolvimento”, afirmou Luís Augusto Barbosa, presidente do Grupo Eternit. 

Quando decidiu abandonar o amianto, produto cancerígeno que teve a comercialização banida no Brasil e em vários países, há cerca de três anos, a Eternit passou a olhar para oportunidades em setores alinhados com a nova economia. 

“Investimos em construção seca, que tem menor impacto, e nas telhas solares”, disse Barbosa. 

“O projeto de energia andou mais rápido, até pelo momento difícil do mercado de construção.” 

Com o fim do seu principal negócio (a empresa vendeu telhas com amianto por quase 80 anos), a Eternit entrou em um processo de reestruturação complexo, que agora começa a se mostrar acertado. 

“Entramos em recuperação judicial preventivamente. Sabíamos que seria difícil”, diz o presidente. “Mas, como temos feito a lição de casa, o mercado percebeu o esforço e retomou a confiança na empresa.” No ano passado, a Eternit foi a empresa que mais valorizou na B3: 221%. 

fonte: https://jornaldamanhamarilia.com.br/economia/noticia/88597/2021/03/17/empresa-testa-telhas-solares-em-marilia-e-prepara-producao-em-massa