Empresas de tecnologia de Campinas faturam R$ 1,5 bi
Folha de S. Paulo
Apesar da crise global, o polo de tecnologia de Campinas manteve o crescimento, apoiado pelo mercado doméstico, sem que as exportações fossem afetadas, segundo o Núcleo Softex, entidade que representa o segmento.
As cerca de 140 empresas brasileiras de TI da região registraram alta de 25% neste ano ante 2011, segundo Fábio Pagani, fundador do Núcleo.
O faturamento deve ficar em R$ 1,5 bilhão no ano.
"A exportação, que equivale a cerca de 30% do total, não chegou a cair. Quase 70% dos softwares, serviços de alto valor agregado e inteligência vão para os Estados Unidos", diz o executivo.
Originárias de Campinas, as empresas estão espalhadas pela região metropolitana e pretendem agora se concentrar em prédios antigos no centro do município.
"O momento é propício. Essas empresas cresceram e podem hoje revitalizar as áreas degradadas do centro, como ocorreu em Boston, por exemplo", afirma.
"Há casos de companhia fundada há oito anos que já alcançou R$ 100 milhões de faturamento", acrescenta.
O setor tem atualmente 250 vagas abertas para contratação, segundo Pagani.
"A ideia é trazer duas multinacionais e brasileiras de grande porte. As outras virão na sequência. São intensivas em mão de obra. Isso aquece outros setores."
O projeto vai beneficiar as novas empresas, segundo Cesar Gon, presidente da Ci&T, companhia do setor que tem quase 20 anos.
"O ponto forte é criar um ambiente onde elas possam interagir com o clima de inovação" diz Gon.