13/10/08 11h02

Enquanto os EUA caem, Brasil ganha importância para a Satyam

Gazeta Mercantil - 13/10/2008

Com apenas três anos de operação local, a indiana Satyam, que terceiriza serviços de tecnologia e desenvolve software por encomenda, tem cerca de 1% de sua receita vindo do Brasil e acredita que o País vá representar de 4% a 5% do resultado. Por outro lado, a América do Norte, que trouxe 80% dos negócios há cinco anos, agora fica em 55%, sendo que 50% do global vêm dos Estados Unidos. Segundo o presidente e membro do conselho da empresa, Ram Mynampati, o país deve perder participação nos negócios à medida que mercados como o Brasil, o Oriente Médio e regiões da Ásia e Pacífico, em especial China e Austrália, ganham importância. A Satyam é a quarta maior empresa de tecnologia da Índia, e uma das responsáveis por fazer o país emergir como uma grande força na terceirização internacional de serviços de TI (offshore outsourcing). No Brasil, os negócios têm dobrado a cada ano e haverá uma série de investimentos na ampliação local, sem revelar o volume previsto. Hoje a sede para a América Latina está em São Paulo, onde ficam 150 pessoas. Em Londrina (PR), há outros 30 funcionários, em uma unidade com capacidade de abrigar mil pessoas. Lá é onde deve ocorrer a maior parte do crescimento, conta Mynampati, e o objetivo é ter centenas de pessoas em pouco tempo para atender ao mercado local e prestar serviços a clientes baseados nos Estados Unidos. Segundo o diretor regional para o Brasil e a América Latina, Ideval Munhoz, a empresa avalia também outras cidades para abrir unidades no Brasil. As operações no México começaram em abril e deve haver escritório em um outro país. "Com três países, devemos cobrir as maiores oportunidades da região", acredita.