22/08/07 14h20

Especialista aponta para a maior atratividade dos países emergentes

Valor Econômico - 22/08/2007

Com custos acessíveis e riscos considerados baixos, o Brasil, assim como China, Índia e Rússia, tendem a atrair grupos estrangeiros ligados a logística e a cadeia de suprimentos como um todo nos próximos anos. A afirmação foi uma das ressalvas feitas pelo especialista em logística, supply chain e suprimentos da AT Kearney, John Blascovich, em recente visita ao país. Segundo o especialista, a cadeia de suprimentos passa por outra revolução após a adoção de novas tecnologias em meados dos anos 90, a integração e a qualificação dos fornecedores. Em relação ao ingresso de empresas especializadas em supply chain (responsáveis pelo fluxo de produtos e serviços de uma ponta a outra no processo produtivo de um cliente) nos mercados emergentes, Blascovich acredita que, inicialmente, há uma busca por fornecedores e serviços para a sustentação de uma cadeia de suprimento em países como a China, Índia e Brasil, o que pode significar a aquisição de companhias nacionais. Para Blascovich, se o país investir mais na promoção da sua capacidade de suprimento, pode colher mais benesses no futuro.  Outro destaque do estudo de Blascovich é o desenvolvimento e retenção de talentos. Como exemplos de pioneirismo na cadeia de fornecimento, o especialista cita as montadoras de automóveis e, principalmente, as fabricantes de aviões. "A Boeing fazia um 747 em Seatle. Atualmente tem fornecedores em todas as partes do mundo e o avião é apenas montado em Seatle", afirma.