21/05/09 10h45

Estrangeiro "invade" hospital do País

DCI - 21/05/2009

O número de pacientes estrangeiros que recorrem aos hospitais brasileiros de ponta para a realização de tratamentos de saúde cresce de forma acelerada mesmo em períodos de crise, como o atual, pelos custos menores se comparados com os de outros países. No Hospital Albert Einstein, de São Paulo, esse número saltou de 2,3 mil em 2006, para 3,6 mil no ano passado, e no primeiro quadrimestre deste ano houve aumento de 30% nesse tipo de atendimento, ritmo que deve persistir até o final do ano.

Outra instituição que vê o avanço do segmento é o também paulista Hospital Sírio-Libanês, no qual a atividade vê incremento de 30% em 2009 - tendo crescido 20% no ano passado, na comparação com 2007. No Brasil, estima-se que este mercado gire US$ 600 milhões.

As instituições de saúde que estão na ponta do atendimento a estrangeiros querem se distanciar do rótulo de "turismo de saúde", que, segundo elas, é mais usado para tratamentos da área estética, diferentemente dos procedimentos de alta complexidade procurados pelos estrangeiros nessas instituições. No Sírio, por exemplo, estão no topo especialidades como oncologia, urologia, cardiologia e ortopedia.

Entre os atrativos que trazem os viajantes de outros continentes a nossos hospitais, além da qualidade das instituições certificadas fora, está o preço dos tratamentos: especialistas calculam que eles chegam a ser 40% mais baratos que os do mercado norte-americano.

De acordo com Cristiane Benvenuto Andrade, gerente de Mercado Internacional do Albert Einstein, os motivos de procura são distintos. "Os americanos procuram preço, e os latino-americanos, qualidade. Canadenses e ingleses buscam atendimento mais rápido, pois há uma certa demora em seu país", analisou.