18/08/08 15h53
Estratégia de ataque será agressividade
Gazeta Mercantil 18/08/2008
A Oi promete ser a atacante com ofertas bastante agressivas ao chegar ao mercado paulista, apesar das alegadas tentativas de rivais de adiar sua estréia. Atuante em 16 Estados das regiões Sudeste, Nordeste e Norte, a Oi imaginava estrear em São Paulo neste mês e compartilhar cerca de 70% das torres com as atuais operadoras do Estado - Vivo, TIM e Claro. Mas, segundo Roberto Terziani, diretor de relações com investidores da Oi, as empresas "criaram toda sorte de dificuldades" para o compartilhamento e a entrante teve de investir na montagem de rede própria. O executivo afirmou que o movimento das rivais é absolutamente legítimo, mas acabou adiando a entrada da companhia no maior mercado consumidor do País. A estréia está agora prevista para o final de outubro. De acordo com Terziani, a Oi conseguiu compartilhar 30% a 40% das torres. A rede total tem 2,3 mil estações. Segundo apurou a Gazeta Mercantil, a Nextel, operadora de trunking e telefonia móvel voltada ao segmento corporativo, compartilhou estações radiobase com a Oi, com o objetivo de obtenção de economia de custos e redução do impacto ambiental das antenas. Segundo Terziani, a Oi soube que uma das concorrentes também estaria pressionando as redes de varejo para não fazerem negócios com a Oi. O executivo evitou citar nomes. Para o executivo, São Paulo é um mercado muito acomodado porque tem um número menor de competidoras que as demais regiões e, dessa forma, tem menores índices de penetração que Rio de Janeiro e Brasília e margens de rentabilidade maiores. Terziani acredita haver ainda espaço para crescer em São Paulo e lembrou que na sua região a Oi entrou como terceira operadora celular e em dois anos passou a ser líder. Em São Paulo, porém, a empresa não vai poder contar com a concessão de telefonia fixa que detém no restante do País. O executivo preferiu não dar detalhes da estratégia da empresa para o mercado paulista para "não dar armas aos nossos competidores", mas ressaltou que chegará para o Natal "de forma bastante agressiva".
