25/11/09 11h22

Etanol entra de vez na rota da Rhodia

Valor Econômico

O grupo Rhodia está analisando ativos no setor sucroalcooleiro para investimentos na produção de etanol, com o objetivo de utilizar o álcool como matéria-prima na produção de solventes químicos. A empresa também está fortemente interessada na energia gerada a partir do bagaço da cana. O presidente da Rhodia para América Latina, Marcos De Marchi, confirmou ao Valor o interesse da companhia na produção de etanol."Ainda não definimos como será o formato desse negócio. Estamos analisando. Somos um dos maiores compradores de álcool do Brasil para fins industriais", disse o executivo. A empresa compra por ano cerca de 140 milhões de litros de etanol, de várias usinas do país, voltado para aplicações na indústria química.

O Valor antecipou que a empresa já analisou e tem interesse nos ativos da Equipav, com duas usinas em São Paulo. A multinacional tem um leque de cerca de 10 usinas que já estariam no seu radar para análise, segundo uma fonte familiarizada com o assunto. O grupo chegou a olhar os projetos da Brenco, que optou por unir suas operações com a ETH Bioenergia, do grupo de Odebrecht. A multinacional também entrou em contato com o grupo paulista Bertolo, com unidade em São Paulo.

A produção de açúcar não interessa à companhia francesa. A empresa quer focar em negócios voltados para sustentabilidade, segundo informou uma outra fonte. Atualmente, a Rhodia tem contratos fechados de longo prazo com usinas para a compra de álcool destinado a garantir o seu abastecimento, afirmou De Marchi. A empresa utiliza a matéria-prima para a produção de ácido acético e acetato de etila.  Fontes afirmam que a empresa também tem interesse em fazer pesquisas com bagaço para desenvolvimento de novos produtos para indústria química.