26/06/09 16h26

Exportação de celulose para a China dispara 27%

DCI

A China voltou a fabricar papel e os reflexos já começam a ser sentidos pelo Brasil, maior exportador de celulose de fibra curta do mundo. Nos cinco primeiros meses de 2009 as vendas da commodity para o país oriental aumentaram 27%, segundo os dados da Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa).

As projeções da Votorantim Celulose e Papel (VCP) apontam para o aumento da operação das máquinas de papel naquele país e com isso, destaca as importações chinesas de cerca de 3,8 milhões de toneladas de celulose no mesmo período. Boa parte dessa demanda foi suprida pelos estoques que estavam localizados em portos europeus, tanto que o volume restante nesses locais chegou ao nível mais baixo desde janeiro do ano passado. Com este cenário, a VCP afirmou que espera estabelecer um novo recorde de vendas para o negócio de celulose, com a meta de atingir 470 mil toneladas apenas no segundo trimestre. Esse volume é 31% superior ao registrado nos três primeiros meses do ano. Quanto aos preços, o cenário possibilitou aumento de preços para a commodity de fibra curta. Já em papel, a VCP acena com preços menores em função do câmbio e indica um cenário mais favorável ao mercado doméstico.

Na mesma está a Suzano. Segundo o seu diretor presidente, Antonio Maciel Neto, o mercado de papel está trabalhando em um patamar menor que o ano passado, mas está se recuperando aos poucos."O preço do papel chegou a ficar 24% menor em janeiro de 2009 [comparação com janeiro de 2008]. Melhorando a cada mês, mas ainda abaixo de 2008", disse o executivo. A Suzano mantém 50% da produção para exportação para a China.