26/10/17 11h56

Exportações da região sobem 4,7% este ano

Jornal Cruzeiro do Sul

Os 48 municípios da Diretoria Regional Sorocaba do Ciesp exportaram US$ 1,38 bilhão no acumulado de janeiro a setembro deste ano, crescimento de 4,7% em relação ao mesmo período de 2016, quando foram US$ 1,32 bilhão. Com isso, a região ficou no 8ª lugar entre as que mais exportaram no Estado, aponta mapeamento do Departamento de Estudos e Pesquisas Econômicas (Depecon) em conjunto com o Departamento de Relações Exteriores (Derex) do Ciesp-Fiesp, divulgado nesta terça-feira (24).

O saldo da balança comercial da região de Sorocaba registra déficit de US$ 659 milhões. O aumento das importações não é visto com preocupação, pois reflete a movimentação da compra de insumos e componentes usados na produção das indústrias e significa uma retomada do ritmo da atividade econômica.

As importações passaram de US$ 1,76 bilhão de janeiro a setembro de 2016 para US$ 2,04 bilhões em 2017 (15,5%). Campinas, que como Sorocaba também é polo industrial, apresentou quadro semelhante, com déficit de US$ 4,5 bilhões este ano. O município de Sorocaba é o principal exportador da região, respondendo por 70,1%, e também o seu principal importador, com 76,9%.

A balança comercial negativa é traduzida numa tendência favorável à economia. É o que diz o economista Geraldo César Almeida. Segundo ele, se as empresas estão comprando itens manufaturados de outros países isto se deve ao crescimento da produção local.

O diretor do Ciesp Sorocaba, Erly Domingues de Syllos, observa que indicadores demonstram que o ritmo da atividade econômica está em aquecimento. "Já tínhamos uma clareza desse cenário, mas agora, com os dados, entendemos que seguimos na direção certa. Ainda não é o ideal, mas estamos, gradativamente, retomando o crescimento. Trata-se de uma importação saudável. São insumos utilizados no incremento da produção e que ajudam a gerar empregos", afirma.

Nas exportações da região, os destaques ficaram por conta dos veículos automotores, tratores, ciclos e outros veículos terrestres, suas partes e acessórios (US$ 386,4 milhões); e reatores, caldeiras, máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos e suas partes (US$ 334,9 milhões). Os principais destinos das exportações da região foram: Argentina (37,9% do total); Estados Unidos (12,5%) e Alemanha (6,7%).

Nas importações da região, os destaques foram reatores, caldeiras, máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos e suas partes (US$ 564,4 milhões); e máquinas, aparelhos e materiais elétricos, e suas partes, aparelhos de gravação ou de reprodução de som e imagens (US$ 490,6 milhões).As principais origens dos produtos importados foram: China (28,8% do total); Alemanha (11,5%) e Estados Unidos (10,3%).

 

No Estado

No acumulado de janeiro a setembro de 2017, o saldo da balança comercial do Estado foi superavitário em US$ 3,2 bilhões. As transações comerciais do Estado representaram 30,7% do total negociado pelo Brasil no mercado global.

As exportações do Estado movimentaram US$ 43,9 bilhões, com expansão de 11,1% em relação ao acumulado no mesmo período de 2016. Os destaques foram açúcar e grãos. Já o volume importado somou US$ 40,7 bilhões, um crescimento de 5,3%. As exportações de produtos brasileiros no período de janeiro a setembro de 2017 somaram US$ 164,6 bilhões -- aumento de 18,1% sobre o mesmo período de 2016.

Já a entrada de importados movimentou US$ 111,3 bilhões, com crescimento de 7,9% sobre o mesmo período do ano anterior. O saldo comercial acumulou superávit de US$ 53,3 bilhões, um resultado melhor que no mesmo período de 2016, quando registrou superávit de US$ 36,2 bilhões.