28/08/13 15h43

Faber-Castell inaugura unidade exclusiva para cosméticos

Jornal Primeira Página ( São Carlos)

A empresária Katharina née von Sprecher-Bernegg, esposa do Conde Anton Wolfgang Graf von Faber-Castell, atual presidente da empresa batizada com o sobrenome de sua linhagem, estará nesta quinta-feira, 29, em São Carlos, onde apresentará, na Unidade Cedrinho, a diretores de gigantes da produção de cosméticos, como Natura, Avon e outras, a nova fábrica de produtos de maquiagem da Faber Cosmetics.

Segundo a assessoria de imprensa da Faber Castell nova unidade fabril não vai gerar empregos, pois representando apenas uma mudança de localização. Será, segundo a assessoria, uma fábrica mais moderna. Por outro lado serão mantidos todos os 300 funcionários que atuam na Faber Cosmetic e fazem produtos de beleza para olhos, lábios e rosto. No total – produção de materiais escolares e cosméticos – a Faber Castell emprega cerca de 1.500 pessoas em São Carlos. Não foi divulgado o investimento e nem o horário do evento.
 
A empresa produz cosméticos para mais de 100 marcas. Muita gente usa algum produto produzido pela Faber-Castell e nem sabe. A empresa tem planos de comercializar produtos com o próprio nome sem representantes, e já existe até uma linha com a assinatura Faber-Castell.

252 ANOS E FAMILIAR

A Faber-Castell, em 2011 completa 252 anos. A empresa familiar está nas mãos da oitava geração. Até hoje, realizou poucas aquisições e não pretende abrir o capital em bolsa. "Eu acredito em crescimento orgânico e não preciso fazer oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês)", disse o conde Anton Wolfgang von Faber-Castell, presidente do grupo à revista ISTOÉ Dinheiro.
 
O executivo ressalta, que apesar de não ver necessidade de abrir o capital, tenta guiar a empresa como se fosse aberta. "É um bom exercício, por isso divulgo resultados", diz. No comando desde 1978, o conde divide o conselho de administração com mais cinco pessoas: o diretor financeiro, dois executivos da região Ásia-Pacífico, um da América Latina e um representante para Europa e América do Norte. Para tomar decisões, o conselho considera relatórios de uma consultoria externa.
 
O modelo de administração, diz o conde, é descentralizado. Ele tem dez irmãos, com os quais dividia o controle da companhia até 1994. A partir daí, começou a pagar pelas ações que comprou dos irmãos e hoje tem 90% do capital. "Desde o início eu era o acionista majoritário. Se não tivéssemos feito contratos tão estritos, eu provavelmente não estaria aqui e a companhia teria sido vendida", diz o executivo, insinuando as dificuldades na gestão coletiva. Os 10% restantes estão nas mãos de membros da família, não detalhados pela empresa.
 
Aposentadoria não é um plano de curto prazo para Von Faber-Castell, que tem 71 anos. Para sua sucessão, está nos planos seu único filho homem, que hoje trabalha em uma consultoria. "Ele tem uma boa chance de tocar a Faber, mas se você falar com a minha esposa, ela pergunta: Por que não a Vitória (uma das filhas do casal)?", conta. O conde tem quatro filhos.