28/08/09 10h02

Fábrica de casas atrai herdeiro da Gerdau

Valor Econômico

Carlos Gerdau, primogênito de Jorge Gerdau e um dos 16 herdeiros da terceira geração do tradicional sobrenome gaúcho, escolheu o ramo imobiliário popular para estrear no papel de empresário há seis anos. Avançou pouco. Agora, deu um passo mais ousado: associou-se a uma fábrica de casas. Sua empresa, a Domus Populi - "casas para o povo", em latim - adquiriu 50% da Brasitherm, que industrializa a produção de casas ao fabricar paredes de concreto e as levar prontas para o canteiro de obras.

Gerdau não revela o valor do negócio. A Brasitherm tem uma fábrica em Cotia e pretende abrir mais três, todas em São Paulo, antes de investir em outros estados. A próxima, que terá capacidade para produzir mil casas já este ano, ficará em Atibaia. O investimento em cada unidade fabril, com capacidade de produção de duas mil unidades ao ano, é estimado em cerca de R$ 4 milhões (US$ 2,16 milhões). "Nossa intenção é ter fábricas próprias e associações com terceiros", afirma Gerdau.

As parcerias já começam a ser prospectadas e poderão ser feitas com construtoras interessadas em grandes projetos - com a construção de uma unidade perto ou dentro da obra. "Estamos conversando com várias empresas do setor", diz Gerdau. "Estimo uma demanda por 50 mil unidades".

O objetivo é aproveitar a demanda das incorporadoras por novas tecnologias e modelos industrializados de construção, que permitam produção em larga escala e em alta velocidade. Segundo Michel Zeenni, da Brasitherm, por esse sistema, uma casa pode ficar completamente pronta em 18 dias, sendo que a montagem da estrutura pode ser feita em um dia. Atualmente, empresas do setor trabalham com o sistema pré-moldado, no qual as formas (de alumínio ou PVC) são preenchidas de concreto no próprio canteiro e ficam prontas em menos de 30 dias.