08/11/10 15h31

Faturamento cresce 78% e Schulz antecipa expansão

Valor Econômico

A meta orçamentária da fundição Schulz, de Joinville, era alcançar crescimento de 35% em 2010. Com nove meses de balanço fechados e crescimento de 78,1% no faturamento, a empresa se prepara para antecipar os planos de expansão da capacidade de produção. A companhia registrou R$ 429,6 milhões (US$ 252,7 milhões) em receita líquida no acumulado dos nove primeiros meses do ano. "O projeto inicial era estarmos com o novo forno operando no fim de 2011, mas o crescimento nos fará antecipar o investimento para o primeiro semestre do ano que vem", diz Ovandi Rosenstock, presidente da companhia. O projeto prevê a instalação de um forno de fusão que irá ampliar a atual capacidade produtiva em 25%.

Hoje, há capacidade para a produção de 90 mil toneladas por ano. Com o novo forno, será ampliada para 110 a 115 mil toneladas. Segundo Rosenstock, a ampliação vai colocar a Schulz em segunda posição como fundição de mercado no Brasil, atrás da Tupy, também com unidade em Joinville. O valor do investimento será de R$ 25 milhões (US$ 14,7 milhões). A visão de reaquecimento do mercado interno e externo fez com a que a companhia retomasse os planos de investimento. Nos primeiros nove meses, a Schulz investiu R$ 28,3 milhões (US$ 16,6 milhões) - R$ 8,8 milhões (US$ 5,2 milhões) no ultimo trimestre. Os valores foram aplicados no desenvolvimento de produtos, ferramentais, máquinas e equipamentos. O crescimento resultou na contratação de 687 pessoas no período. Hoje, a Schulz conta com 2.438 funcionários em suas unidades.

Para dar agilidade no atendimento aos clientes do Sudeste, a Schulz inaugurou uma filial em Jundiaí (SP). Em 2009, a empresa tinha inaugurado uma filial em João Pessoa (PB). Segundo Rosenstock, as vendas para o exterior tiveram retomada de 83,8% no primeiros nove meses de 2010 na comparação com 2009, em reais. No mesmo período, as vendas para o mercado brasileiro somaram 78,1% de crescimento. Os países da Europa - principalmente Alemanha e França - puxaram a recuperação, de acordo com o presidente da Schulz. O mercado americano tem uma recuperação mais lenta. Hoje, o faturamento da Schulz está 80% concentrado no mercado interno. Rosenstock acredita que em 2011 será possível para a companhia retomar os 30% de vendas para o exterior, nível pré-crise. No terceiro trimestre, a companhia registrou crescimento no lucro liquido antes dos efeitos tributários em 71,2% em relação a 2009, em um total de R$ 27,6 milhões (US$ 16,2 milhões).