12/08/09 11h20

Faturamento do mercado editorial cresce 9,7%

O Estado de S. Paulo

Em 2008, o mercado editorial brasileiro apresentou crescimento de 9,7% em termos nominais (4,9% em termos reais) no faturamento em relação ao ano anterior, não sentindo, portanto, efeito da crise econômica global. A informação foi revelada pela pesquisa anual sobre Produção e Venda do Setor Editorial Brasileiro, encomendada à Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas da USP e divulgada ontem, no Rio.

O total arrecadado foi de R$ 3,3 bilhões (US$ 1,8 bilhão) ante R$ 3,01 bilhões (US$ 1,6 bilhão) de 2007. "Foi um bom ano, mas o mercado continua atrelado às compras do governo", diz Leda Maria Paulani, coordenadora da pesquisa, apresentada pelo Sindicato Nacional dos Editores e Livreiros (Snel) e Câmara Brasileira do Livro (CBL). "Descontando as compras governamentais e observando só o crescimento do mercado (1,9%), a situação muda e pode-se afirmar que o ano não foi tão bom."

Segundo ela, a crise econômica não provocou efeito tão devastador, pois o mercado poderia ter atingido até 2,2% de crescimento. Mesmo assim, os números foram festejados por representantes do setor. "Isso demonstra um fator de aumento na concorrência, ou seja, o mercado tornou-se mais competitivo, com promoções mais agressivas e incentivo de novas formas de venda como o porta a porta e as edições de bolso." Um dos efeitos da crise foi notado na produção de livros, que caiu 3,17%: foram 340,2 milhões de exemplares produzidos em 2008 ante 351,4 milhões em 2007.