31/10/08 15h36

FGV prevê demanda mais acelerada no mercado brasileiro

Gazeta Mercantil - 31/10/2008

  O Brasil será o sétimo maior consumidor de energia em 2030, saltando do atual posto de 11º colocado. A projeção é do pesquisador Fernando Garcia, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), que desenvolveu, em parceria com a consultoria Ernst & Young, o estudo "Brasil Sustentável: Desafios do Mercado de Energia". "O Brasil vai saltar alguns postos em um ritmo mais acelerado que a média mundial", avalia Pinto. Como o estudo toma como base o cenário futuro, a atual crise na economia mundial não teve influência no trabalho elaborado pela FGV. O material aponta o crescimento da demanda de energia vinculado ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) que em 2030, segundo a FGV, será de US$ 2,25 trilhões. A nova colocação no ranking dos consumidores projeta que a demanda brasileira será de 468,7 milhões de toneladas de equivalentes de petróleo (tep). Na posição de hoje, o Brasil consome 223,2 milhões de tep. "Para atender o crescimento no mercado brasileiro, serão necessários investimentos da ordem de US$ 750 bilhões no setor de energia", diz Garcia. Segundo as projeções do estudo, a China será o maior consumidor mundial de energia com a oferta primária de 5,3 milhões de tep em 2030. "Os Estados Unidos, que hoje são os maiores consumidores, deverão ocupar a segunda colocação na lista (com 3,4 milhões de tep)", estima o pesquisador. Para José Carlos Pinto, diretor da Ernst & Young, a oferta de energia com valores competitivos é um requisito básico para o crescimento econômico sustentável. "Analisar o desempenho do setor é crucial para visualizar as oportunidades e os obstáculos que se apresentarão nas próximas décadas", diz o executivo. Ele comenta que as projeções apontadas no estudo "são importantes para o planejamento das empresas, do governo e para entender as transformações pelas quais passará a demanda de energia no Brasil e no mundo". De acordo com o estudo, o setor de energia no mundo sofrerá três grandes alterações até 2030: aumento no número de fornecedores de energia (elétrica e de combustível), ampliação de combustíveis renováveis na matriz e estabilização do preço do petróleo. "A busca pela diversificação de fornecedores vai partir de todos os países.