03/03/10 11h39

Fiat quer ampliar investimento e pode fabricar Chrysler no País

O Estado de S. Paulo

O presidente mundial da Fiat, Sergio Marchionne, disse ontem em Sorocaba, interior de São Paulo, que o grupo pretende ampliar os investimentos no Brasil por considerar que a economia do País é "sólida e estável". Ele participou da reinauguração da fábrica de máquinas agrícolas da Case New Holland (CNH), empresa do grupo Fiat.

A fábrica ficou fechada desde 2001, após enfrentar uma crise na área agrícola, e foi totalmente modernizada para a reabertura, processo que exigiu investimentos de R$ 1 bilhão (US$ 555,6 milhões). Ao todo, o grupo completa este ano um plano de investimentos de R$ 6 bilhões (US$ 3,3 bilhões), iniciado em 2008. A expectativa do mercado é de que a Fiat anuncie em breve o programa de investimentos para os próximos anos.

Segundo Marchionne, a economia brasileira está com saúde robusta e as previsões para 2010 indicam crescimento de pelo menos 5%. "Queremos crescer com o Brasil", afirmou. A CNH de Sorocaba é a maior fábrica de colhedoras agrícolas do mundo, com capacidade para 8 mil máquinas por ano.

Marchionne lembrou que a Fiat está no Brasil desde a década de 50 e, nos próximos cinco anos, quer reforçar sua presença no País. Destacou o papel de liderança brasileira na América Latina, um dos principais mercados do grupo no setor agrícola. "Hoje, o Brasil é um dos lugares em que os investimentos encontram ambiente mais seguro."

O executivo disse estar convencido de que os fundamentos macroeconômicos do País são duradouros no cenário internacional. "Os investimentos que decidimos fazer refletem essa estabilidade." Ele disse à agência Reuters que avalia a possibilidade de produzir veículos da marca americana Chrysler no País. Segundo Marchionne, a linha Jeep "seria a mais adequada".