28/11/08 15h22

GE e International Paper dão prioridade a aportes no Brasil

DCI - 28/11/2008

O Brasil continua sendo um mercado estratégico para as multinacionais, principalmente em um momento em que os mercados maduros não projetam crescimento para 2009. Esse movimento não é setorizado, pois duas empresas de diferentes segmentos afirmaram a mesma posição do Brasil - e América Latina - na consolidação de resultados anuais. As norte-americanas International Paper (IP) e a General Electric (GE), com sua divisão de energia, ressaltaram a manutenção de investimentos no País. Lá fora as duas empresas têm passado por dificuldades, muitas dessas causadas pela crise financeira. No caso da IP, que anunciou o fechamento de duas plantas nos Estados Unidos e uma na Europa, irá inaugurar no Brasil sua nova unidade em Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul, já no primeiro trimestre de 2009. Com a nova unidade, a capacidade produtiva de papel da empresa será acrescida, anualmente, em 200 mil toneladas (em 2009 serão cerca de 140 mil). Com isso, a produção deve chegar a um milhão de toneladas. "Temos agora que finalizar o investimento. A IP já definiu o Brasil como ponto estratégico de sua produção. Aqui se tem vantagem competitiva e ainda é um mercado emergente que continua crescendo fortemente no consumo de papel", afirmou o presidente da companhia no Brasil, Máximo Pacheco. Dos US$ 300 milhões previstos para a nova unidade, cerca de 70% já foi realizado. A GE, empresa que já foi considerada a maior corporação do mundo, aposta na continuidade de seu crescimento anual de 25% para o segmento de energia, mesmo com sua retirada no fornecimento de equipamentos para hidroelétricas. A expectativa da multinacional é de manter o mesmo nível de investimentos. Apesar de não revelar valores do orçamento de 2009, que já está fechado, o diretor de Marketing para a América Latina, Marcelo Prado, explica que a General Electric investe cerca de US$ 300 a US$ 400 milhões todos os anos somente nesta unidade de negócios. Na região os países que mostram mais atrativos são o Brasil, México e Peru, principalmente para a geração de fontes renováveis. Entre os motivos, ele cita a tendência de alta dos preços dos combustíveis fósseis - que estão atrelados ao valor do barril de petróleo - e ao aumento das pressões ambientais, que levarão os países a adotarem cada vez mais uma matriz energética limpa. "Nossa expectativa é de que o Brasil seja o próximo grande mercado de energia eólica", afirma Prado.