17/03/10 11h54

Grupo Algar reforça atuação no setor de TI

Valor Econômico

O grupo Algar pretende crescer com aquisições no setor de tecnologia de informação para clientes empresariais, concentrado na subsidiária Algar Tecnologia. O conglomerado, que faturou R$ 3,2 bilhões (US$ 1,6 bilhões) em 2009 e prevê um crescimento de 15% na receita este ano, segundo informou ontem o presidente do grupo, Luiz Alexandre Garcia, anunciou a compra de uma pequena companhia de sistemas e software, a Synos Technologies. A companhia absorvida fez com que a base de clientes da Algar Tecnologia saltasse de 160 para 200, com R$ 31 milhões (US$ 17,2 milhões) em novos contratos. No ano passado, a subsidiária do grupo faturou R$ 270 milhões (US$ 137,1 milhões), ou cerca de 8% do total da holding.

O foco das aquisições está voltado para empresas que possibilitem a expansão de carteira de clientes em Santos (SP), em razão dos investimentos previstos para a exploração do pré-sal, e Goiânia, em função da proximidade com a matriz do grupo, em Uberlândia (MG). As aquisições são feitas com capital próprio, segundo Garcia. Os investimentos em infraestrutura, que este ano devem se centrar na expansão da rede de fibra óptica, são feitos com financiamentos de bancos de desenvolvimento.

Garcia não detalhou a política de investimentos da empresa, informando apenas que o grupo deve investir R$ 460 milhões (US$ 255,6 milhões) ao todo, um crescimento da ordem de 30% em relação ao realizado em 2009. Mas em dezembro, quando esteve na sede do Banco do Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), o empresário declarou que em 2010 o teto do investimento com fontes externas de financiamento era de R$ 350 milhões (US$ 194,4 milhões), sendo R$ 228 milhões (US$ 126,7 milhões) em telecomunicações. Fora da área de tecnologia, o grupo investe na montagem de uma refinaria de óleo de soja no Maranhão e em uma nova unidade no complexo de hotéis da pousada do rio Quente, em Goiás.

A Algar Tecnologia cresce acima do nível do grupo, que teve uma expansão de faturamento de 20% no ano passado. No caso da empresa de tecnologia, o crescimento da receita foi de 22% e a previsão para 2010 é de um incremento de 30%, o que deve fazer a subsidiária chegar a R$ 350 milhões em receita. "É significativo para um ano tão complicado", disse Garcia.