30/11/11 14h30

Helbor vai acelerar lançamentos neste trimestre

Valor Econômico

A Helbor projeta lançar, até o fim do ano, no mínimo nove empreendimentos, com Valor Global de Vendas (VGV) total de R$ 676,6 milhões. Se confirmados os planos, o VGV total de 2011 ficará próximo a R$ 1,7 bilhão (incluindo a parcela dos sócios nos empreendimentos), com parte da companhia estimada de R$ 1,350 bilhão. De janeiro a setembro, os lançamentos somaram R$ 990,805 milhões.
A companhia não informa metas de lançamentos, os chamados guidances, mas avalia que poderá chegar ao VGV de R$ 2 bilhões a R$ 2,3 bilhões em 2012. "Poderíamos até lançar mais no ano que vem, mas não teríamos capacidade de executar os projetos com eficiência. Seria preciso, para isso, que a nossa estrutura crescesse muito", conta o diretor vice-presidente executivo da Helbor, Henry Borenstein.

A incorporadora, presente em 30 cidades e com 58 canteiros de obras no momento, pretende manter sua forma de atuar sem ter construtora própria.

De janeiro a setembro, as vendas contratadas da Helbor somaram R$ 946,625 milhões, valor próximo ao VGV lançado no período. A velocidade de vendas medida pelo indicador VSO (vendas sobre oferta) chegou a 66,1%. "Vendemos bem o que lançamos", afirma o executivo.

Apesar da VSO elevada, boa parte dos projetos da companhia previstos para ao longo do ano acabou concentrada para o período do fim de novembro a meados de dezembro, segundo Borenstein. Segundo ele, isso aconteceu porque o prazo para a aprovação foi mais longo do que se esperava.Há 12 lançamentos programados para o quarto trimestre, mas nem todas as licenças já foram obtidas. A parcela que não for lançada ainda neste ano será apresentada ao mercado no primeiro trimestre de 2012.

No último fim de semana, a companhia lançou um projeto residencial em Santos (SP), com VGV de R$ 74,9 milhões. Hoje, é a vez do lançamento de projeto de salas comerciais desenvolvido em parceria com a AAM e a Toledo Ferrari, com VGV de R$ 122 milhões, no trecho conhecido como Nova Faria Lima, na zona Sul de São Paulo. Nesta semana, deve ser lançado ainda projeto misto com uma torre de salas de comerciais, uma de lajes corporativas e outra de apartamentos residenciais compactos, com VGV de R$ 158,7 milhões, em Mogi das Cruzes (SP).

A empresa, que tem margem bruta acima da média do setor, estima que o indicador fique entre 31% e 33% em 2011, ante 30,9% no acumulado dos nove meses. O fluxo de caixa operacional positivo, ou seja, quando mais recursos entram que são desembolsados em terrenos e lançamentos, está previsto para o segundo semestre de 2012.

Focada na média e média-alta renda, a Helbor não espera retração de demanda para 2012, mas desaceleração do crescimento e da velocidade de vendas. "Não vamos mais viver um mercado em que tudo o que se lança é vendido em dois dias. Isso é exceção, mas existe espaço para bons produtos, com preços adequados, em terrenos bem localizados", diz Borenstein.