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Herbalife cresce no Brasil com produtos para as classes C e D

Gazeta Mercantil - 31/03/2009

Depois de passar os dois últimos anos investindo em treinamento e no aperfeiçoamento dos negócios no Brasil, a Herbalife começa a colher os resultados desse processo. No Brasil, terceiro maior mercado da empresa no mundo, atrás apenas de Estados Unidos e México, a empresa registrou uma expansão de 7% nas vendas em 2008. "Tínhamos a expectativa de que o retorno viesse de forma mais expressiva em 2008 e esperamos crescer dois dígitos em 2009", afirma Marcelo Zalcberg, diretor geral da operação brasileira. Na América do Sul, a Herbalife registrou um crescimento de 20% nas vendas no ano passado, com faturamento líquidas de US$ 360,5 milhões, contra US$ 300,1 milhões, em 2007. No quarto trimestre de 2008, mesmo diante da crise financeira internacional, as vendas da unidade brasileira cresceram 15% em comparação com igual período de 2007.

Apesar de a maior parte do portfólio da empresa ser composta por produtos importados, de acordo com Zalcberg, a valorização do dólar frente ao real não impactou as operações nacionais da companhia, de acordo com o executivo. "Há quatro anos esse impacto poderia ser maior", afirma. Foi nesse período que a Herbalife adotou a estratégia de desenvolver produtos específicos para o mercado brasileiro. Hoje, cerca de 21% do portfólio de produtos da empresa no Brasil são fabricados no País. "Também estamos investindo em levar a marca para novos nichos de mercado". A estratégia é desenvolver internamente produtos com preços mais baixos, com foco nas classes C/D. No primeiro semestre de 2007, o produto mais barato da empresa custava em torno de R$ 40 (US$ 22). Hoje, é possível encontrar itens a partir de R$ 10 (US$ 4.35). O resultado da estratégia foi um crescimento de 15% no volume de vendas, que saltou de 8,2 milhões de unidades, em 2007, para 9,5 milhões, em 2008. "O aumento nas vendas equilibra o efeito da variação cambial", explica.