Hidroanel Metropolitano trará 170 Km de navegação pelos rios e represas da região metropolitana
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Implantação da eclusa da Barragem da Penha, em processo de licenciamento ambiental, integra o projeto do hidroanel
O Departamento Hidroviário do Estado de São Paulo iniciou o processo de licenciamento ambiental para construção da eclusa da Barragem da Penha, em São Paulo. A eclusa acrescentará 14 km ao trecho navegável do rio Tietê e integra o projeto do Hidroanel Metropolitano, que prevê a implantação de uma via navegável com 170 km de extensão na Região Metropolitana de São Paulo, destinada ao transporte de cargas e passageiros.
"Nossa proposta é fazer uma barragem na eclusa da Penha para ganhar 14 quilômetros de hidrovia. Com essa obra, as barcaças poderão subir o rio e ir para Itaquaquecetuba e perto de Suzano", ressalta o governador Geraldo Alckmin.
O Departamento Hidroviário protocolou, em agosto, na Cetesb, os Estudos Básicos para Licenciamento Ambiental para construção da eclusa da Penha. A previsão é que a licença prévia saia no final do mês de outubro e a Licença de instalação, no final de novembro.
Com a implantação da eclusa, o rio Tietê contará com 55 km navegáveis, com início na barragem Edgard de Souza (Santana de Parnaíba), passando pelas eclusas do Cebolão e da Penha e finalizando na altura da ponte da Nitroquímica, no bairro de São Miguel Paulista.
Saiba mais sobre o Hidroanel
Projeto é importante não só para a economia do Estado como para o meio ambiente
O projeto do Hidroanel Metropolitano consiste na utilização dos rios Tietê e Pinheiros e das represas Billings e Taiaçupeba para navegação, sendo necessária a construção de um canal artificial com 18 km de extensão para a interligação dos dois reservatórios, fechando o anel hidroviário. O projeto contempla, ainda, a implantação de eclusas para vencimento de desníveis e terminais (portos) de captação e destino de cargas.
Para o diretor do Departamento Hidroviário, Casemiro Tércio de Carvalho, "o Hidroanel é um projeto importante não só para a economia do Estado como para o meio ambiente. A utilização dos rios para transportes de cargas tiraria de circulação do viário urbano cerca de 40 mil toneladas de cargo ao ano. Para o meio ambiente, os benefícios são vitais, pois diminuirá a emissão de gases poluentes e de efeito estufa (CO2)".
O Departamento Hidroviário solicitou ao Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), no primeiro semestre deste ano, o aprofundamento das análises para definir prioridades e faseamento das intervenções necessárias para viabilizar o empreendimento.