20/09/13 16h16

Hyundai vai construir fábrica para motores

Jornal de Piracicaba

Na véspera de completar um ano de funcionamento em Piracicaba, quinta-feira (19/09), a montadora sul-coreana Hyundai informou que terá uma fábrica de motores na mesma área da planta industrial e estuda detalhes do projeto. A partir desta construção, a empresa pode ultrapassar a produção de 150 mil automóveis da família HB20 fabricados por ano.

Atualmente o motor e o câmbio dos carros da linha são importados da Coreia. As demais peças são fabricadas por fornecedores da empresa na cidade. Os estudos estão na fase inicial e, portanto, ainda não há informações sobre metragem nem geração de empregos da nova unidade. O aumento da fabricação de carros também depende de os demais fornecedores da cadeia produtiva ampliarem sua produção.

A informação foi prestada pelo gerente de Comunicação Corporativa da empresa, Maurício Jordão, na tarde de quinta, durante visita à fábrica de auditores do Ministério do Trabalho e representantes da Federação e do Sindicato dos Metalúrgicos, para averiguarem o cumprimento das normas de segurança após a implantação do terceiro turno, no dia 2.

Na visita, Jordão disse que a construção da fábrica de motores está na dependência também da cotação do dólar e da renovação do IPI (Imposto sobre o Produto Industrializado), que vence em 31 de dezembro. Segundo ele, há possibilidade de corrida para compra do carro no fim do ano e o preço é um fator importante para manter a competitividade do veículo.

O próximo passo da empresa é fazer o motor e o câmbio no Brasil, disse o gerente. Hoje, as peças são importadas da Coreia. O motor é importado com os componentes que são montados na fábrica para adaptação ao sistema flex. Hoje toda a produção é destinada ao mercado interno e, segundo Jordão, ainda há muito espaço para crescimento das vendas, em virtude da aceitação da marca.

Os convidados visitaram as operações industriais, como estamparia, soldagem e montagem, ambulatório e restaurante.

O superintendente Regional do Trabalho e Emprego de São Paulo, Luiz Antonio Medeiros, disse que a visita visou a verificar as condições de segurança do trabalho. Uma das áreas mais perigosas é a prensa, mas o equipamento fica em local fechado e conta com proteção contra acidentes.