IBG, finalmente, inaugura fábrica em Jundiaí

Brasil Econômico

Unidade em Jundiaí começa a operar com dois anos de atraso devido a problemas com equipamentos importados da China

Newton Oliveira mal pode esperar pela inauguração da nova planta de sua empresa, a Indústria Brasileira de Gases (IBG). A solenidade deve acontecer,  enfim, dentro de quinze dias e o “enfim”, tem razão de ser. Há pelo menos dois anos Oliveira espera pelo momento postergado, “graças” aos defeitos apresentados por equipamentos importados da China. “É uma fábrica moderna, no valor de US$ 30 milhões, com equipamentos comprados em países do exterior, como França, Canadá e China.  As colunas de destilação que vieram da Hang Yang, do país asiático, nos deram muitos problemas”, diz Newton Oliveira, diretor presidente e fundador da IBG.

De acordo com o empresário, boa parte dos contratempos tiveram relação com as soldas internas dos equipamentos.
Cerca de 50% das peças foram reprovadas num teste recente e que avaliou o interior dessas colunas. Esses equipamentos apresentaram vazamentos durante um período de testes que ocorreu recentemente. “Já gastamos mais de US$ 1 milhão para recuperar esses equipamentos. E há as perdas impossíveis de mensurar. Afinal,
era para ter posto mais produtos no mercado e perdi oportunidades”, diz Oliveira.

A nova fábrica localizada no distrito de Jundiaí, onde a IBG tem outras unidades industriais, vai produzir oxigênio, nitrogênio e argônio. Essa fábrica tem importância estratégica, visto que fornecerá oxigênio, carro chefe da companhia. O produto corresponde a fatia de 30% das vendas da companhia. Mas não é somente a produção de Jundiaí que reforçará a oferta de produtos da IBG. Além da unidade paulista, a companhia abrirá as portas, em janeiro de 2012, de uma indústria que vai produzir gás carbônico em Recife (PE). A oferta de gás carbônico, inclusive, já havia sido reforçada há três meses, quando Oliveira dobrou a produção em Descalvado, onde detém outra unidade produtiva.

Esses dois últimos passos estão contemplados num pacote de US$ 17 milhões em investimentos previsto para este ano. A verba inclui os preparativos do terreno de mais uma unidade que deverá ser construída em Itajaí (SC) e a compra deum terreno em São José do Rio Preto. No total, a IBG detém nove fábricas espalhadas pelos estados de São Paulo, Goiás e Pernambuco. Também detém centros de distribuição em outras regiões, como Rio de Janeiro e Espírito Santo.

Queda de faturamento

A empresa manteve seu plano de investimentos, mas o ano não foi bom em vendas. “Crescemos em volume, mas não em valor. O faturamento crescer apenas 5% esse ano”, conta.