06/07/15 14h48

IDHM da região de Campinas é o 2° maior do País

Índice de Desenvolvimento Humano Municipal da RMC está ao lado do Distrito Federal e Entorno e atrás somente da Região Metropolitana de São Paulo

Correio Popular

O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) da Região Metropolitana de Campinas (RMC) é o segundo maior do País, ao lado do Distrito Federal e Entorno e atrás somente da Região Metropolitana de São Paulo. Foi o que apontou o estudo Atlas de Desenvolvimento Humano nas Regiões Metropolitanas Brasileiras, divulgado na última quarta-feira pelo Programa das Nações Unidas pelo Desenvolvimento (Pnud), Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e Fundação João Pinheiro.

O índice da RMC é 0,792, ligeiramente inferior ao da Região Metropolitana de São Paulo, que é 0,794. Em 2000, o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal da região era de 0,710, portanto em dez anos o crescimento foi de 11,5%.

O levantamento analisou 20 regiões metropolitanas brasileiras (os resultados de 16 foram divulgados ano passado) e utilizou dados do Censo de 2010 realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O IDHM é formado pela média geométrica de três outros índices: Renda, Educação e Longevidade, com pesos iguais, e vai de 0 a 1: quanto mais próximo de zero, pior o desenvolvimento humano, quanto mais próximo de um, melhor.

Entre os três indicadores que compõem o IDHM, o de Educação foi o que apresentou a maior evolução e impulsionou o índice geral.

Em 2000, o índice da região foi de 0,582, e saltou para 0,726. O IDHR, de Renda, aumentou de 0,769 para 0,798 e o IDHL, de Longevidade, subiu de 0,801 para 0,858 (leia mais ao lado). Todos os índices da região estão entre os maiores do País.

O indicador de renda só perde para Distrito Federal, São Paulo e Curitiba; o de Educação está atrás das regiões de São Luís (MA) e Vale do Paraíba; enquanto o IDHM de longevidade é o mais elevado do Brasil.

O secretário de Planejamento e Desenvolvimento Urbano de Campinas, Fernando Pupo Vaz, avalia que o estudo serve como uma bússola para guiar as políticas públicas e mostrar quais áreas e setores necessitam de mais atenção das administrações municipais e regionais.

“O Atlas tem um conjunto amplo de dados que são indispensáveis para nós do serviço público. Esse conteúdo se transforma num instrumento fundamental para estabelecer políticas públicas e elaborar junto com a sociedade um Plano Diretor, preparando o futuro de nossa cidade e da região”, afirma.

O município com o maior IDHM da região é Vinhedo (0,819), que possui o 13° melhor índice do País. A seguir estão Valinhos (0,817), Campinas (0,811) e Holambra (0,805).

Na parte de baixo, Santo Antonio de Posse tem o pior IDHM da RMC, de 0,702, único município da região cujo indicador é inferior ao índice nacional (0,727). Depois de Posse, Morungaba (0,715), Engenheiro Coelho (0,732) e Monte Mor (0,733) apresentam os piores índices no bloco regional.

Para o secretário de Estado de Desenvolvimento Social, Floriano Pesaro, o índice da região como um todo comprova que a RMC é uma das áreas mais desenvolvidas e ricas do País. No entanto, ele reconhece que ainda tem muito o que melhorar, principalmente nos municípios menores e mais afastados, onde a geração de emprego e renda ainda é insuficiente.

“Campinas sempre foi uma região muito rica do ponto de vista intelectual e educacional, como centro de excelência e formação. Isso resultou nesse movimento do tripé sócio, econômico e ambiental. Todas as cidades pequenas da região carecem ainda da geração de emprego e renda. Na cidade de Campinas o problema é urbanização, necessidade de saneamento, segurança e infraestrutura urbana”, explica.

“Esses dados vão servir para investir nos locais certos e responder a demanda exata”, completa Pesaro.