06/02/09 15h02

Imposto menor, renda e câmbio sustentam planos de crescimento

Valor Econômico - 06/02/2009

A Lupo está contratando 300 pessoas para a nova fábrica de Araraquara (SP), que será inaugurada até junho. A Cosméticos Jequiti & Hydrogen, do Grupo Silvio Santos, vendeu em janeiro 20% mais do que havia previsto e espera encerrar o ano com uma expansão de 150% na receita. A IRB Tatuzinho 3 Fazendas, dona da marca Velho Barreiro, projeta crescimento de 4% sobre o ano passado. As informações parecem ter saído de um banco de notícias de 2007 ou 2008, quando a economia brasileira crescia a ritmo acelerado, mas são expectativas para 2009. No conjunto da economia e da indústria, há incertezas sobre quanto a economia brasileira irá reduzir o ritmo este ano, após ter crescido apenas 3,1% em 2008. Há empresas, contudo, que ainda operam com perspectiva de crescimento em relação a 2008 - e parte destas, está contratando. Entre as razões estão o câmbio (que melhora a competitividade e reduz a concorrência dos importados), a menor queda na renda da população das classes C e D, a inflação mais baixa em alimentos e algumas das medidas de estímulo adotadas (ou anunciadas) pelo governo federal, especialmente na construção civil.  A  Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat) prevê para 2009 expansão de 5% a 6% em receita, resultado que, se alcançado, já representará uma desaceleração significativa sobre 2008, quando a receita cresceu 33%. "A crise está afetando o setor, mas as indústrias ainda mantêm o otimismo", afirma o presidente da Abramat, Melvin Fox. Ele cita pesquisa da entidade feita em janeiro em que 68% dos entrevistados disseram estar otimistas em relação aos efeitos das ações de governo sobre o setor.