Indicador antecedente de emprego no Brasil sobe em janeiro para maior nível em 9 meses, diz FGV
ReutersO Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) sinaliza no início de 2019 uma retomada no ritmo de recuperação do mercado de trabalho, ao atingir seu maior valor em nove meses, apontou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quinta-feira.
Em janeiro, o IAEmp, que antecipa os rumos do mercado de trabalho no Brasil, apresentou alta de 4,1 pontos, atingindo 101,1 pontos, o maior nível desde abril de 2018.
“Após um período de turbulências e frustrações em 2018, o resultado positivo do indicador nos últimos meses parece sinalizar uma retomada da recuperação do mercado de trabalho”, disse em nota o economista da FGV/Ibre Rodolpho Tobler.
“Mas é preciso certa cautela, considerando que o indicador por enquanto recuperou apenas pouco mais da metade da queda observada em 2018”, alertou ele.
O Indicador Coincidente de Emprego (ICD), que capta a percepção das famílias sobre o mercado de trabalho, teve por sua vez uma queda de 4,4 pontos em janeiro, indo a 94,5 pontos.
O comportamento do ICD é semelhante ao da taxa desemprego, ou seja, quanto menor o número, melhor o resultado.
“A queda mais acentuada (do ICD) em janeiro sinaliza uma evolução mais favorável da taxa de desemprego neste início de ano e corrobora o resultado do IAEmp. A continuidade dessa trajetória de queda do ICD somente deve ocorrer com uma melhora mais robusta do nível de atividade e redução do nível de incerteza”, completou Tobler.
O Brasil encerrou 2018 com 12,195 milhões de desempregados e taxa de desemprego no quarto trimestre de 11,6 por cento, menor patamar do ano, mantendo o ritmo lento e gradual de recuperação do mercado de trabalho em linha com a atividade econômica, mas com avanço da informalidade.