09/08/07 10h33

Indústria de alimentos tem alta de 4,6% no semestre

Folha de S. Paulo - 09/08/2007

A recuperação das exportações de derivados de carne impulsionou a indústria da alimentação no primeiro semestre, que faturou R$ 103,8 bilhões (US$ 55,2 bilhões), com alta de 8,2% em valores nominais e, descontada a inflação, de 4,6% com relação a igual período em 2006. Em volume, o aumento foi de 5,8%. O presidente da Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação, Edmundo Klotz, aponta a recuperação de mercados externos que suspenderam as restrições sanitárias como um dos motivos. O faturamento nominal (R$ 15,96 bilhões/US$ 8,5 bilhões) das exportações desses derivados, que incluem carne bovina, suína e de aves, cresceu 18,1%. Enquanto o mercado interno ficou estável (0,9%), as exportações tiveram expansão de 29,4%. O aumento foi expressivo, apesar da desvalorização do dólar, porque houve melhora no preço internacional. O segundo maior crescimento foi registrado no segmento de chocolate, cacau e balas (17,2%), o que sugere um direcionamento do aumento de renda do trabalhador, segundo o economista da FGV, André Braz, para os supérfluos. Ele explica que há "um certo limite" para melhorar a qualidade dos alimentos consumidos, já que a tendência é gastar essa renda extra com bens duráveis. No mercado interno, o "food service" (refeições fora do lar) foi apontado por Klotz como um dos alavancadores do consumo. No primeiro semestre, houve crescimento de 9,7% no faturamento.