08/11/10 15h32

Indústria investe 1 milhão de euros para fabricar fraldas

DCI

Grandes fabricantes de fraldas apostam na expansão dos consumidores da classe C para alavancar suas vendas. Enquanto empresas como Kimberly Clark Kenko, Procter e Gamble, Johnson&Johnson (J&J) e Hypermarcas lançam novas estratégias para abocanhar uma fatia deste mercado, novos players entram na disputa. Este é o caso da Damapel, indústria de papéis que pretende fabricar fraldas a partir de 2011. Com investimento de 2 milhões de euros, a Damapel já fabrica papéis absorventes, higiênicos, toalhas de cozinha e guardanapos. A empresa acredita que no primeiro ano de produção de fraldas o seu faturamento tenha aumento de 2%.

Segundo o diretor da Damapel, Marcelo Bonaccorso De Domenico, fraldas infantis estão presentes em 55% dos lares brasileiros, por isso a oportunidade de negócios é imensa. "A Damapel resolveu entrar nesse mercado (fraldas) pelo forte crescimento do setor. O produto será um complemento da nossa linha de papel", conta ele. O novo equipamento adquirido pela empresa para viabilizar a entrada no segmento de fraldas tem capacidade de produção mensal de 10 milhões de fraldas. De acordo com Domenico, apesar da concorrência com grandes companhias, ainda existe muito espaço no mercado. "Vamos concentrar nossa atuação no eixo sul-sudeste" explica. Atualmente a empresa produz cerca de 30 mil toneladas de papel ao ano e projeta crescimento de 15%.

A brasileira Hypermarcas, que se tornou líder do segmento de fraldas descartáveis depois da aquisição da Mabesa (fabricante de fraldas descartáveis), em agosto deste ano, vê um enorme potencial de crescimento do setor. "Com a ascensão da classe C e D e o aumento do poder aquisitivo dos brasileiros, acreditamos que ainda temos um potencial adormecido no segmento de fraldas descartáveis no Brasil", afirma o presidente da Hypermarcas, Claudio Bergamo. A companhia detém 26% do mercado de fraldas infantis no País, segundo dados da Nielsen. As multinacionais norte-americanas Kimberly Clark, Procter & Gamble (P&G) e Johnson&Johnson (J&J), também disputam palmo a palmo a entrada nas classes C e D, uma vez que está nelas uma grande parte da população infantil. A produção de fraldas descartáveis no ano passado somou 5,5 bilhões de unidades, crescimento de 7,7% em relação ao ano anterior. O setor movimentou no ano passado mais de R$ 2,7 bilhões (US$ 1,4 bilhão), informou o instituto.